'Executivos querem estudar, fazer negócios e viver o mundo': a visão da líder que está redefinindo o intercâmbio no Brasil
Com crescimento de dois dígitos e alta entre públicos como C-Level e 50+, o STB aposta em educação internacional como ferramenta estratégica para carreira, networking e reinvenção pessoal.
Christina Bicalho, vice-presidente do STB. (Foto: Divulgação)
Com a crescente busca de brasileiros por experiências no exterior, o STB - consultoria especializada em educação internacional, mostra que a procura por programas voltados para o mercado de trabalho, com foco em gestores e executivos C-Level deve representar 15% da demanda de 2025. Esse tipo de imersão é destinado a profissionais em cargo de liderança ou que estão se preparando para assumir essa cadeira, que contam com um curto período para cursar uma especialização, e que desejam ter uma experiência com outros líderes de todo o mundo. O crescimento da demanda por intercâmbio para o público 50+; evidencia a busca pelo terceiro idioma; semestre universitário, além do programa de estudo e trabalho.
Para atender essa demanda, o STB oferece programas de intercâmbio em duas renomadas instituições, London School of Economics, Political Science (LSE), da Inglaterra, e Disney Institute, dos Estados Unidos.
“O mercado de intercâmbio segue aquecido no Brasil, com uma participação que vai além de crianças e adolescentes, interessando também um público já inserido no mercado de trabalho e pessoas com mais de 50 anos que descobriram no intercâmbio a oportunidade para aprimorar suas carreiras, fazer negócios e conhecer novas culturas”, diz Christina Bicalho, vice-presidente do STB.
Dados do STB mostram ainda que, em 2024, o segmento de intercâmbio encerrou o ano com alta de 15% frente a 2023. Para 2025, a expectativa é que esse avanço seja de 20%. Um dos principais públicos a contribuir para esse resultado foi o de pessoas com mais de 50 anos, que registrou avanço de 30%. Houve avanço também para programas de ensino médio no exterior, chamado de high school (20%), em férias para adolescentes (30%); idiomas (10%); semestre universitário (200%) graduação e pós (53%).
Como você descreveria o mercado de intercâmbio atual e quais são as principais tendências que você está observando, principalmente entre executivos C-Level e para o público com alto poder aquisito?
O mercado de intercâmbio segue em expansão, com um crescimento de 15% em 2024 em relação a 2023 e uma projeção ainda mais robusta de 20% para 2025. Um dos destaques que percebemos e vem se mantendo desde 2024 é o aumento da participação do público 50+, que avançou 30% no último ano. Formados por executivos e profissionais liberais, são pessoas que procuram dar uma nova direção em suas carreiras e enxergam no intercâmbio a oportunidade para descobrir o mundo, fazer networking internacional e aproveitar o tempo livre com novas atividades de lazer. No STB, temos uma divisão especial para o público 50+, chamada de Silver Foxes.
Nossos programas são desenvolvidos especialmente para essa faixa etária e são focados em quem deseja aprender um novo idioma e viver experiências internacionais de uma forma diferente, junto a pessoas que têm a mesma faixa etária. Uma nova tendência para este ano deve ser a procura por programas de educação executiva voltados para gestores e executivos C-Level que devem representar 15% da demanda geral de intercâmbio em 2025.
Os interessados por esse tipo de experiência são profissionais em cargo de gestão ou que estão se preparando para assumir essa cadeira e que contam com um curto período para cursar uma especialização e ao mesmo tempo desejam ter uma experiência com outros líderes de todo o mundo.
Quais são os destinos emergentes que estão ganhando popularidade entre os estudantes brasileiros e por quais motivos?
Entre os destinos de maior interesse dos brasileiros em 2024 para aprender o inglês estão: Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Austrália e Irlanda. Já entre os que escolhem um terceiro idioma, os países mais populares foram: Espanha, França, Alemanha, Itália e Coreia do Sul.
Você pode compartilhar alguns exemplos de programas de intercâmbio que estão se destacando por suas abordagens inovadoras ou personalizadas? Como o intercâmbio de uma semana na Disney, por exemplo, como ele foi desenvolvido?
Quando se fala em intercâmbio, muita gente pensa em programas voltados para adolescentes ou estudantes que estão na faculdade. Mas hoje, um dos mercados que tem crescido é o de pessoas com mais de 40 anos que buscam experiências de estudo, networking e atividades sociais no exterior. Percebendo o interesse desse público, no ano passado, criamos uma divisão no STB chamada Silver Foxes, especialmente focada no desenvolvimento de programas que mesclam estudo e experiência para pessoas a partir dos 40 anos.
Nossos programas incluem aulas de idioma e atividades preparadas sob medida, especialmente para pessoas dessa faixa etária. Os cursos não exigem conhecimento prévio e podem ser feitos por pessoas que estão em qualquer nível do idioma. Aulas de inglês, espanhol, italiano ou francês, mescladas com atividades que podem variar de acordo com a época do ano, como visita a museus e galerias de arte, degustação de comidas típicas do local ou tour pela cidade.
Também investimos nos programas de Educação Executiva, com imersões destinadas a profissionais em cargo de gestão ou que estão se preparando para assumir essa cadeira, que contam com um curto período para cursar uma especialização, e que desejam ter uma experiência com outros líderes de todo o mundo.
Além da London School of Economics and Political Science (LSE), oferecemos o programa do Disney Institute, imersão exclusiva oferecida pelo STB, desenvolvida para profissionais em cargos de liderança, que desejam aprender sobre cultura organizacional em uma das maiores e mais influentes empresas de entretenimento do mundo.
Sobre os principais temas abordados nesses programas: Os programas do Disney Institute tratam de temas voltados a valores e visão pessoal com os da empresa ou equipe; o papel do líder na construção da cultura organizacional e no suporte à sua equipe; como sustentar os valores e a visão da organização durante períodos de mudança; desenvolvimento de estratégias para criar e consolidar seu próprio legado como líder; Como sustentar os valores e a visão da organização durante períodos de mudança; desenvolvimento de estratégias para criar e consolidar seu próprio legada como líder.
Na LSE Executive Education, são oferecidos cursos voltados à Excelencia em Liderança; Empreendedorismo e inocação; negociação; regulamentação de mercados e estratégias As pessoas que participam desses programas desenvolvem habilidades humanas que vão além da técnica, como pensamento analítico, habilidades cognitivas, resiliência, liderança e colaboração.
Aliás, como é o processo de criação de um pacote/destino de intercâmbio? Como funciona esse estudo e avaliação das escolas/universidades e demais serviços locais?
O processo de criação de um programa de intercâmbio envolve um estudo detalhado das necessidades e expectativas dos brasileiros, aliado a uma análise contínua das opções disponíveis no mercado, de acordo com o contexto mundial, áreas em alta e cursos pioneiros.
O STB está sempre atento às demandas dos alunos e constantemente analisa as opções disponíveis, garantindo que o que é oferecido possa atender as expectativas acadêmicas, pessoais, culturais e profissionais. Avaliamos as instituições como um todo, considerando critérios como a opinião dos estudantes, qualidade de ensino, infraestrutura, suporte aos estudantes internacionais, custo-benefício, além das experiências extracurriculares. Também mantemos contato constante com parceiros e ex-alunos para aprimorar nossos produtos, garantindo a melhor experiência em intercâmbio.
Como a digitalização e a tecnologia estão transformando o processo de intercâmbio e a experiência dos estudantes?
Hoje temos uma autonomia ainda maior para conversar com os estudantes, cuidar da documentação e prestar suporte em caso de necessidade, independentemente de onde o aluno esteja. A tecnologia facilitou muito essa troca do especialista com os nossos estudantes.
Além disso, em diversas instituições o aluno pode ter acesso a vídeos e até tour 3D, conhecendo todo o local antes mesmo de chegar lá. As redes sociais também ajudaram muito nesse processo, com conteúdos que os alunos podem entender como é o dia a dia na instituição escolhida.
O que o STB está fazendo para apoiar estudantes que desejam estudar em destinos menos tradicionais, como Coreia do Sul?
Acompanhando essa demanda para a Coreia do Sul, buscamos parceiros que pudessem atender aos nossos alunos. Hoje, oferecemos opções de curso de coreano em Seul e Busan. Além disso, temos programas de voluntariado e gap year em diferentes destinos, como Nepal, Butão, Laos, Senegal e Guatemala. Esses programas são indicados para o estudante que deseja ter experiências reais em pequenas comunidades e quer se tornar um cidadão global.
O que você espera para o futuro do intercâmbio e como o STB planeja se adaptar às novas demandas e tendências?
Acreditamos que a vivência de um intercâmbio será cada vez mais personalizada, permitindo que essa experiência atenda cada vez mais aos anseios individuais de cada estudante, independentemente da idade. O STB tem se preparado para atender a essa demanda individualizada e focada no aluno, sempre em contato com excelentes parceiros e com os mais diversos programas no exterior.
Qual o diferencial de ser uma liderança feminina neste segmento, como lida com os mais diferentes públicos e idades?
Ser uma líder feminina na indústria de educação internacional tem sido uma experiência bastante desafiadora e dinâmica. Nosso negócio conecta culturas e promove a compreensão global, beneficiando de diversas perspectivas, incluindo a diversidade cultural, religiosa, e de gerações. Minha liderança é pautada na empatia, clareza e colaboração. Descobri que ouvir profundamente, construir equipes inclusivas e liderar pelo exemplo me ajudaram a ganhar confiança e gerar resultados em diferentes contextos culturais.
Permanecer firme aos meus valores e demonstrar competência na forma de liderar é a melhor maneira de pavimentar o caminho para outras mulheres assumirem a liderança, seja por meio de mentoria, defesa de políticas ou simplesmente mostrando que é possível; principalmente em um cenário global!