Estudo revela que o setor bancário passará por três grandes transformações até 2030

Segundo a pesquisa, executivos bancários afirmam que planejam reduzir sua base de custos em mais de 10% até 2030.


Cláudio Sertório_KPMG_Divulgação
Claudio Sertório, sócio líder de serviços financeiros da KPMG no Brasil. (Foto: Divulgação)

O setor bancário global está atravessando uma profunda transformação, impulsionada por três frentes principais: a incorporação da inteligência artificial (IA) em novas formas de trabalho, o fortalecimento da segurança cibernética e das estratégias contra fraudes e a evolução das capacidades de dados e análises. As análises são provenientes da pesquisa “Transformação Bancária: a nova agenda ( do original em inglês “Banking Transformation: The new agenda”). Essas mudanças estão moldando um novo padrão de eficiência e inovação no topo do sistema financeiro.

De acordo com a pesquisa conduzida pela KPMG, 82% dos executivos bancários afirmam que planejam reduzir sua base de custos em mais de 10% até 2030, sendo que quase 30% pretendem cortar mais de 20%. O levantamento mostra que os bancos mais bem-sucedidos compartilham características-chave em sua abordagem estratégica, sendo elas:

-Definição clara dos objetivos de custo;
-Alinhamento total entre metas e ações de redução de custo;
-Estrutura centralizada para a execução da transformação;
-Alocação robusta de orçamentos para projetos estratégicos;
-Liderança diretamente envolvida e responsável pelos resultados.

“O Setor Financeiro Global, com a crescente competividade, tem trabalhado em uma importante agenda estratégica com o uso das novas tecnologias para melhoria da experiência dos clientes, seja pelos canais de interação/ serviços oferecidos ou pela prática de preços melhores e mais competitivos, o que tem sido viabilizado com a aplicação de tecnologia voltado para o ganho de eficiência”, destaca o sócio líder de serviços financeiros da KPMG no Brasil, Claudio Sertório.

Esse movimento sinaliza não apenas uma resposta às pressões econômicas e regulatórias, mas também um esforço para construir instituições mais ágeis, seguras e centradas no cliente. A tendência é clara: os bancos que liderarem essa jornada combinando tecnologia, gestão de custos e foco estratégico estarão mais bem posicionados para prosperar na próxima década.

“Estamos vendo uma mudança estrutural no setor bancário global. Os bancos que lideram essa transformação estão combinando o uso estratégico da inteligência artificial com um foco disciplinado na eficiência de custos e na proteção contra riscos cibernéticos”, avalia o sócio líder de consultoria em transformação da KPMG no Brasil e na América do Sul, Dustin Pozzetti.