Pagamentos digitais avançam na América Latina e Espanha e expõem desafio de segurança
Estudo da Nuek mostra que expansão dos meios de pagamento digitais amplia inclusão, mas revela limitações de usabilidade e riscos crescentes de fraude.
Soluções digitais impulsionam a inclusão financeira e intensifica a competição no setor. (Foto: Freepik)
A digitalização dos meios de pagamento está redefinindo a relação dos consumidores com o dinheiro no Brasil, América Latina e Espanha. O estudo “A digitalização e democratização dos pagamentos do consumidor”, elaborado pela Nuek em parceria com a AFI, aponta que a expansão dessas soluções impulsiona a inclusão financeira e intensifica a competição no setor.
A pesquisa ouviu mais de 5.200 consumidores em 12 países. Entre os resultados, 66% dos bancarizados afirmaram ter utilizado um meio de pagamento diferente do preferido no último ano, devido a restrições de aceitação, falhas tecnológicas ou limitações operacionais.
“Quando 66% dos usuários não podem pagar como querem, o problema não é de tecnologia. É de design”, afirma Javier Rey, diretor executivo da Nuek. Segundo ele, o avanço depende menos da quantidade de opções e mais de experiências funcionais e intuitivas.
No Brasil, o Pix se consolidou como referência global, respondendo por mais de 30% das transações de pessoas físicas. Na América Latina, 70% da população realizou ao menos um pagamento digital em 2024, com destaque para carteiras digitais, QR Codes e transferências instantâneas. Já na Espanha, o movimento acompanha tendências globais, impulsionado pela integração de serviços financeiros em aplicativos e pelo e-commerce.
O relatório ressalta que o avanço também atrai maior incidência de fraudes, exigindo investimentos em segurança digital e educação financeira. O estudo aponta ainda oportunidades de expansão com inteligência artificial, open banking e moedas digitais de bancos centrais.