Enviado da Casa Branca recebe comitiva do LIDE em Washington
Michael Jensen, do Conselho de Segurança Nacional, discutiu prioridades estratégicas dos EUA para a América Latina em encontro que contou também com a participação de Roberto Campos Neto.
Supervisor-chefe de política para a América Latina no Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Michael Jensen e o co-chairman do LIDE, João Doria. (Foto: Vanessa Carvalho/LIDE)
O supervisor-chefe de política para a América Latina no Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Michael Jensen, recebeu, nesta segunda-feira (8), a comitiva de autoridades e empresários que participam da segunda edição do LIDE Brazil Development Forum, em Washington. O encontro, realizado no Milken Institute, marcou uma rara interlocução direta da Casa Branca com lideranças brasileiras no evento.
Durante a conversa, Jensen, ex-tenente-coronel da Força Aérea e hoje responsável pela coordenação das políticas da administração Trump para o hemisfério ocidental, ressaltou que a estratégia americana para a região está ancorada em três princípios: defesa da segurança hemisférica, reação a práticas econômicas predatórias e construção de relações de longo prazo. “Não podemos proteger a nossa terra se perdermos o controle da hemisféria”, afirmou.
O representante destacou ainda a importância do Brasil como parceiro na agenda de energia limpa, minerais críticos e infraestrutura. Segundo ele, “economias fortes criam uma barreira contra influências predatórias e garantem estabilidade de governança”.
Encontrou contou com a presença do ex-presidente do Banco Central e atual vice-presidente do Nubank, Roberto Campos Neto. (Foto: Vanessa Carvalho/LIDE)
A presença do ex-presidente do Banco Central e atual vice-presidente do Nubank, Roberto Campos Neto, deu peso adicional ao diálogo. Campos Neto lembrou que o PIX, criado em sua gestão no BC, já alcança 290 milhões de transações por dia e se tornou referência global em pagamentos digitais. Para ele, a inovação financeira brasileira precisa avançar em novas frentes, como tokenização e open finance.
“O futuro da intermediação financeira será mais digital, mais tokenizado, mais eficiente e mais integrado globalmente”, disse.
Campos Neto também alertou para os desafios estruturais que afetam a atração de investimentos. “Se não mudarmos esse ciclo vicioso para um ciclo virtuoso, será muito difícil ver o país crescer no longo prazo, atrair investimentos e aumentar a produtividade”, afirmou