Saiba quem é o delegado que comanda a Interpol, que incluiu Zambelli em lista de procurados
O delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza, de 43 anos, foi eleito secretário-geral da Interpol, em novembro do ano passado, em Glasgow (Escócia). Urquiza se tornou o primeiro representante de um país em desenvolvimento a ocupar o cargo nos 100 anos da Interpol.
O secretário-geral da Interpol é o principal executivo da organização, com mandato de cinco anos. Antes, Urquiza era diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal e foi vice-presidente da Interpol para as Américas de 2021-2024. O Brasil lançou a candidatura de Urquiza para o posto em setembro de 2023.
Na quinta-feira, 5, o nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. O alerta para foragido internacionais será espelhado em breve no site oficial da organização das polícias. A partir de agora, ela pode ser presa fora do Brasil.
Zambelli entrou para a relação de procurados por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão preventiva da deputada e mandou a Polícia Federal descobrir sua localização e viabilizar o pedido de extradição.
Urquiza foi chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional da Polícia Federal do Brasil e diretor-assistente na Diretoria de Crimes Organizados e Emergentes na sede da Interpol, em Lyon, França. No Brasil, liderou o Escritório Central Nacional da Interpol, a Divisão de Cooperação Policial Internacional, a Divisão de Relações Internacionais e a Diretoria de Tecnologia da Informação da Polícia Federal.
Formado em Direito pela Universidade de Fortaleza, com pós-graduações em Administração Pública pelo IBMEC e em Direito Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Urquiza é também ex-aluno da Academia Nacional do FBI, em Quantico, Virgínia, EUA.
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça afirmaram que a eleição de Urquiza "reflete a alta prioridade atribuída pelo governo brasileiro ao combate ao crime organizado transnacional, que tem na cooperação internacional, crescentemente, uma dimensão essencial"
De acordo com as entidades, a nomeação representa "o reconhecimento, pela comunidade internacional, do profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no enfrentamento à criminalidade, bem como de sua relevante contribuição ao trabalho da Interpol".