Um lugar sem igual

O estilo rústico e chique do Filho da Lua inspira-se na arquitetura balinesa.

A história do Filha da Lua parece coisa de filme no estilo Comer, Rezar, Amar, em versão eco-brasileira. Ele belga, ela polonesa. Sete filhos, muitos amigos. Ele gosta de kitesurf, ela, da natureza. Ambos adoram descobrir o mundo, sempre hospedados nos melhores hotéis, e viver experiências sofisticadas. Um dia, no Brasil, descobrem a praia de Pipa e a paixão se torna imediata. O destino os faz encontrar uma fatia do paraíso debruçado sobre a praia das Minas.

Encantada pela paisagem e pela lua arrebatadora, Inga Synoradzka d’Ansembourg disse ao marido, Frederic: “Vamos comprar.” A ideia seria construir uma confortável casa para a família e bangalôs no grande terreno de frente para o mar, de modo a hospedar os ami-gos. Mas o envolvimento do casal com aquele canto especial do Nordeste e a comunidade local cresceu. O amigo polonês Lucas Cuba, experiente no ramo de restaurantes e hotelaria, foi chamado e a ideia da construção da casa evoluiu para o projeto de um hotel.

RESPEITO PELA NATUREZA

Não seria, no entanto, apenas mais um cinco-estrelas no Nordeste. O Filha da Lua tem os confortos, detalhes e bom gosto que Frederic e Inga vivenciaram pelo mundo, e isso inclui valores como a preservação do meio ambiente, o respeito à natureza e à cultura local. O casal ergueu o Filha da Lua com madeira de reflorestamento de eucalipto, reduzindo assim as emissões de carbono do concreto do projeto. Para manter o entorno

intocado, cada um dos 17 bangalôs foi montado sobre palafitas. O estilo rústico e chique, sem ostentação, inspira-se na arquitetura balinesa. Os quartos são decorados com objetos trazidos por Inga de suas viagens. Os bangalôs têm entre 82 e 90 metros quadrados, cercados pelo verde, com vistas para o mar, os jardins ou uma das piscinas. Detalhes como o creme dental natural feito na localidade e os bilhetinhos espalhados pelos aposentos lembram a importância da preservação da natureza. O hotel não usa plástico e até as amenidades são colocadas em charmosas peças de cerâmica.

No restaurante, os pratos não têm glúten nem lactose, feitos com pro- dutos orgânicos vindos da fazenda local Pachamama, que segue práticas de biodiversidade. O serviço é atencioso desde a chegada. O transfer do aeroporto de Natal até o hotel em Pipa é feito num confortável carro pilotado por uma motorista sim- pática e boa de conversa. Antes que o hóspede chegue, o concierge já tratou de saber, pelo WhatsApp, o que ele deseja fazer, sempre com a pergunta: “Posso te ajudar em algo mais?”.

O FILHO DO VENTO

Uma das áreas a reproduzir os confortos das viagens dos proprietários.

O hotel reflete uma filosofia que se estende para além de um atendimento e de um serviço de alta qualidade. O Grupo Filha da Lua ajuda a transformar a comunidade local por meio de projetos sociais. As escolas Hello Pipa e Hello Barra, criadas e mantidas pelos proprietários, ensinam inglês para crianças e adultos. As salas de aula têm ar-condicionado e a merenda é para todos. Há também o Kitemaster Academy, uma escola de kitesurf para a população local.

O Filha da Lua Eco Lodge é um dos roteiros propícios para aproveitar momentos inesquecíveis.

É do grupo também um dos melhores restaurantes do centro de Pipa, o Cicchetti, com menu italiano. E a melhor notícia é que o filme vai virar série. Outro hotel, o Sempre Vivo, com o dobro da ca- pacidade, mesmo estilo mas outra vibe, fará o grupo fincar a bandeira de vez em Pipa. O Filho do Vento, em Barra do Cunhaú, será o terceiro hotel, com previsão de abertura no primeiro semestre de 2023, dedicado a hóspedes fãs de kitesurf e de aventuras levadas pelo vento.

Os valores das diárias no Filha da Lua para Bangalô Deluxe partem de R$ 1.700. filhadalua.com