Fórum Empresarial LIDE é aberto com debate sobre o potencial impacto do Turismo na economia brasileira
“Falar de turismo é falar de uma soma de possibilidades”, disse o Governador do Rio, Cláudio Castro, ao iniciar o primeiro painel desta manhã – com o tema “O Rio e o Brasil: Turismo, Serviços, Emprego e Renda”.
Fórum Empresarial LIDE reúne autoridades no Rio de Janeiro. (Foto: Fredy Uehara/LIDE)
O 22º Fórum Empresarial LIDE foi aberto, nesta quinta-feira, 29 de julho, com debates em torno do “Futuro Econômico do Brasil”, tema desta edição do evento considerado o mais importante pelo setor empresarial no país.
“Falar de turismo é falar de uma soma de possibilidades”, disse o Governador do Rio, Cláudio Castro, ao iniciar o primeiro painel desta manhã – com o tema “O Rio e o Brasil: Turismo, Serviços, Emprego e Renda”.
Castro, além de destacar as mudanças estruturais em relação às políticas estaduais para a segurança pública – sobretudo nos serviços de inteligência, com a aquisição de equipamentos como as 21 mil câmaras corporais, maior compra desse tipo no mundo – afirmou que o Rio de Janeiro está se preparando estruturalmente para continuar a ser a porta de entrada do país.
“Não à toa, fizemos o maior projeto Ambiental do Brasil que foi a concessão da CEDAE e segundo o contrato - para o qual foi pago 25 bilhões de reais - entre cinco e sete anos poderemos mergulhar na Baía de Guanabara novamente. Isso é uma coisa única. Não tenho dúvida de que trabalhamos para um Rio que evolui e cresce com o turismo de negócios”, completou Castro.
Em seguida, o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, abriu sua fala enfatizando que o turismo não é priorizado como um tema nacional, diante do impacto econômico que o setor pode trazer para o país.
Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. (Foto: Fredy Uehara/LIDE)
Paes criticou o baixo volume de entrada de turistas no Brasil, comentou sobre a ausência de uma coordenação de aeroportos como acontece em outras partes do mundo (e da sobrecarga do aeroporto Santos Dumont em oposição à situação do Aeroporto Internacional do Galeão), e ainda apontou para uma criação de outros centros de conexão no país, além de um no Rio ou o já existente em São Paulo.
“É ridículo não termos um hub no Nordeste, no Centro-Oeste”, disse. Paes também avaliou que o turismo doméstico enfrenta desafios diante dos custos do setor de aviação para o consumidor final, que, somados ao desafio de mudança de paradigmas com relação à imagem do Rio e do Brasil no exterior, afetam tanto o trânsito local de turistas quanto uma maior entrada de estrangeiros.
“O verdadeiro desafio de um encontro como esse é que nós saiamos daqui refletindo sobre os verdadeiros problemas de um setor que o Brasil trata de uma maneira absolutamente secundária, terciária e que é um importante ativo econômico do país”, completou Paes.
“A questão principal do turismo é política. E uma questão política não é só estratégica, tática, operacional, é uma questão filosófica, de quem queremos ser nesse negócio”, destacou o presidente do Grupo Wish de Hoteis, Vinicius Lummertz, em sua apresentação - “O mundo hoje olha para o turismo, e já há muitos anos, na guerra mundial por empregos, como protagonista que vai gerar 25% dos postos de trabalho nos próximos anos.”
Lummertz vê com otimismo a imagem e o potencial do turismo no Rio e no Brasil, e é um plano estruturado para o setor e uma decisão política de Estado que podem continuar desenvolvendo a imagem do país no mundo.
Fechando o painel, Rafael Lucchesi, presidente do Conselho de Administração do BNDES, discutiu a importância da inclusão da economia criativa na agenda de inovação e desenvolvimento do país. “No Brasil, a economia criativa corresponde a 3,11%, maior que a indústria de alimentos, e um pouco menor que a construção civil. É mais dinâmica, paga 50% mais salário e o Brasil que é um país profundamente urbano - temos 87% na nossa população morando em centros urbanos - precisa de atividades que sejam geradoras de emprego”.
Sobre o evento:O 22º Fórum Empresarial LIDE conta com master patrocínio da CEDAE/Governo do Estado do Rio de Janeiro e patrocínio das empresas BBF, BTG Pactual, FIRJAN IEL, Invest Rio, Prime You, Verzani & Sandrini, além da prefeitura de Macaé. O evento tem apoio da Naturgy, Paper Excellence e SEMP TCL, assim como participação especial da BYD-LIDE Campinas, Multiplan e Volkswagen Truck & Bus e colaboração da Alpha Secure, Estre, Grant Thornton e Sindirepa.