Lusa convoca nova assembleia para chancelar ata da SAF após entrave e ameaça de investidores

O presidente da Portuguesa, Antônio Carlos Castanheira, convocou nesta sexta-feira uma Assembleia Geral Extraordinária para a ratificação e homologação da votação junto aos associados que aprovou a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e cedeu 80% da participação à empresa Tauá Futebol.

O estatuto do clube prevê que essa nova assembleia, que dura quase todo o dia, tem de ocorrer em até 72 horas. É como uma eleição: a urna ficará à disposição dos associados de manhã até o fim da tarde. É provável, com isso, que a assembleia seja realizada na terça-feira, dia 18.

O procedimento é necessário para que a ata da votação possa ser registrada no cartório e, depois, encaminhada à Federação Paulista de Futebol (FPF), à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Fifa para que a SAF seja, enfim, homologada e se encerrem as disputas políticas e na Justiça.

A demora em oficializar a SAF da Portuguesa se dá por ressalvas apontadas pelo COF nas quais se apegou o presidente da assembleia, Marcos Lico, que alegava que o resultado só seria homologado se as ressalvas levantadas pelo COF fossem aceitas pelos investidores, que, porém, defenderam que essas recomendações foram contempladas no contrato assinado entre as partes.

A pressão fez Lico mudar de ideia, e ele decidiu retificar a ata da assembleia na última segunda-feira. Só que o cartório não reconheceu a ata retificada e sugeriu a realização de uma nova assembleia. A Portuguesa chegou a ir à Justiça e os investidores enviaram uma notificação alertando para um possível fim da parceria.

Na quinta, membros do COF se reuniram e decidiram que não discutirão mais o contrato, garantindo que não haverá novos entraves para a SAF ser homologada. Essa decisão será registrada em ata para evitar insegurança jurídica e impedir que haja nova ameaça de os investidores largarem o projeto.