Como mensagem vazada e apagada em grupo de WhatsApp escancarou crise na diretoria do São Paulo
Os desentendimentos internos da diretoria do São Paulo foram expostos, por engano, no grupo de WhatsApp utilizado pelo clube para repassar avisos e informações à imprensa. "Vou vazar que o Boca queria emprestar de graça o Henrique e o presidente segurou", escreveu José Eduardo Martins, diretor de comunicação são-paulino. Em segundos, apagou a mensagem.
No texto, ele cita Henrique Carmo, joia são-paulina de 18 anos, e se refere ao diretor de futebol Carlos Belmonte, apelidado pejorativamente de "Boca de farofa" e antagonista do presidente Júlio Casares em muitos assuntos internos. De acordo com o UOL, é possível que Belmonte não termine o ano no cargo.
O chefe do futebol e Casares estão em rota de colisão há algum tempo porque têm discordâncias quanto ao investimento que deve ser feito no elenco. Enquanto o presidente defende conter gastos e não estourar mais o orçamento do que já foi estourado, o departamento de futebol quer trabalhar com um teto mais alto.
As determinações não estão sendo descumpridas por Belmonte e seus colegas, mas há insatisfação em não poder investir mais em atletas. Todas as contratações feitas na atual janela de transferências foram de oportunidade. O zagueiro Rafael Tolói chegou sem custos porque estava sem clube desde que deixou a Atalanta e Gonzalo Tapía foi emprestado pelo River Plate.
O lateral-direito Mailton, mais novo reforço tricolor, também chegou sem onerar os cofres do São Paulo. Até então emprestado à Chapecoense pelo Metalist, da Ucrânia, foi liberado para assinar até o fim de 2027 com o clube são-paulino, ao qual os ucranianos deviam 600 mil euros.