Drogarias, Cosméticos e turismo e transporte são os setores que mais se destacaram nas últimas edições da Black Friday
Índice Cielo do Varejo Ampliado reúne os melhores segmentos do varejo brasileiro na data entre os anos de 2020 e 2022.
O dia da Black Friday, bem como o compilado do final de semana da data, tem perdido força se comparado a outras sextas e finais de semana do mês de novembro. (Foto: Unsplash)
A Cielo, empresa de meios de pagamentos, apresenta balanço geral das últimas três edições da Black Friday. O compilado foi realizado por meio do Índice Cielo do Varejo Ampliado, que monitora mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas em 18 setores, desde 2014. Com base na performance dos setores para a data, a empresa apresenta uma visão precisa e minuciosa da atividade econômica para ajudar os lojistas em seu planejamento.
“Sabemos que nos últimos dois anos, a data sofreu interferência de acontecimentos atípicos como a pandemia da covid-19 e a Copa, que impactaram a atividade econômica do varejo como um todo, mas que também foram responsáveis por moldar e criar novos comportamentos que promoveram o crescimento das compras online e a multicanalidade, além da integração de canais entre os lojistas, por exemplo”, afirma Carlos Alves, Vice Presidente de tecnologia da Cielo.
Com base no Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que leva em consideração desempenho por setor, cidades e regiões de destaque e performance por canal de venda, trouxe algumas conclusões importantes. Entre as principais, o estudo mostra que o dia da Black Friday, bem como o compilado do final de semana da data (quinta, sexta e sábado), tem perdido força se comparado a outras sextas e finais de semana do mês de novembro, uma vez que os varejistas têm promovido descontos especiais durante todo o mês. Em 2019, por exemplo, o fim de semana da Black Friday foi 1,6 vezes mais representativa que a média dos fins de semana daquele mês. Já em 2022, o fim de semana da Black Friday foi apenas 1,1 vezes.
Confira abaixo os dados do varejo com um comparativo entre 2019 e 2022, no qual os setores de materiais de construção e turismo e transporte foram destaques ao longo dos anos:
Comparação do Varejo entre 2019-2020
Em 2020, o e-commerce registrou um crescimento de 31,8% nas vendas durante o período estendido, de 26 a 29 de novembro, em relação a 2019. O e-commerce, sem o setor de turismo e transporte que foi gravemente impactado pela pandemia, teve um crescimento 60,4%. Mesmo com alto desempenho do online, o desempenho do varejo, considerando tanto o ecommerce, como o físico, teve uma queda de 10%.
Os setores que se destacaram positivamente nessa edição foram: Material de Construção liderando com um aumento de 10,7%; seguido por Drogarias e Farmácias, com 8,7%; e Móveis, Eletrodomésticos e Departamento, com 6,5%. Em contrapartida, os segmentos mais afetados foram Turismo e Transporte (-44,4%), Vestuário (-31,3%) e Cosméticos e Higiene Pessoal (-29,6%).
Os dados de varejo mostraram queda na atividade econômica de todas as regiões do país, mas a região Norte apresentou a menor retração (-3,8%) vs. o mesmo período de 2019; e, a região Sudeste apresentou a maior retração, com -22,7%.
Comparação do Varejo entre 2020-2021
Durante o fim de semana da Black Friday em 2021, as vendas tiveram um aumento de 6,9%
em relação ao ano anterior, com o e-commerce crescendo 16,4% e o varejo físico expandindo em 4,0%. No entanto, em comparação com 2019, antes da pandemia, houve uma retração de 3,8% nas vendas gerais.
Alguns setores se destacaram positivamente, como Turismo e Transporte (+46,0%), Cosméticos e Higiene Pessoal (+15,3%), Drogarias e Farmácias (+7,2%), Supermercados e Hipermercados (+5,6%), Vestuário (+4,2%) e Livrarias, Papelarias e Afins (+0,5%). Já Veterinárias e Petshops (-1,4%); e Materiais de Construção (-8,8%), apresentaram quedas. Regionalmente, o Sul liderou o crescimento com 8,4%, impulsionado por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. O Norte teve alta de 4,3%, destacando-se Amazonas e Pará. O Nordeste registrou crescimento de 3,7%, com Ceará, Pernambuco e Bahia em destaque. O Sudeste teve aumento de 3,0%, liderado por Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Centro-Oeste registrou crescimento de 2,9%, com Goiás e Mato Grosso em alta, enquanto o Distrito Federal teve uma queda de 1,9%.
Por fim, o fim de semana da Black Friday de 2020 foi 1,3 vezes mais representativa que a média dos finais de semana daquele mês.
Comparação do Varejo entre 2021 - 2022
Em 2022, no período acumulado da Black Friday, que contempla final de semana e Cyber Monday, o varejo registrou um crescimento de 5,5% no faturamento nominal em comparação com o ano anterior. Entre os setores, o de Turismo e Transporte se destacou com um aumento de 21,4% em relação ao mesmo período de 2021. Além disso, quando analisado por região, o Sul do país apresentou o maior crescimento, atingindo 7,8% em comparação a 2021. Dentre os estados, o Rio Grande do Sul se destacou com a maior alta, alcançando 11,6% de crescimento no faturamento neste período. Esses números refletem a recuperação do varejo e o potencial da Black Friday como um impulsionador das vendas no Brasil.
“Para a edição de 2023, pesquisas do setor revelam crescimento na intenção de compra do consumidor, em um cenário sem interferências externas. Com isso, o varejista pode e deve ficar bastante otimista. Nós estamos trabalhando ativamente para garantir um período de sucesso para os vendedores, tanto com a produção do ICVA como também com diversas tecnologias e ferramentas que ajudam a impulsionar negócios, desde o pequeno ao grande lojista”, completa Alves.