79% dos CEOs de Life Sciences confiam no crescimento dos negócios

Contudo, para 57% desses executivos a incerteza econômica continua sendo a principal prioridade.

close-up-scientist-using-microscopeMais de um terço dos CEOs projetam crescimento de 2,5% nos próximos três anos. (Foto: Freepik)

A maioria (79%) dos CEOs do setor de Life Sciences estão confiantes em relação às perspectivas de crescimento de suas empresas, um aumento de 10% em relação ao índice do ano passado. Mais de um terço deles projetam crescimento de mais de 2,5% nos próximos três anos e 20% acreditam que alcançarão 5% ou mais de alta. Contudo, para 57% desses executivos a incerteza econômica continua sendo a principal prioridade e 53% estão preocupados com a complexidade geopolítica. Sobre a saúde do setor, 67% estão confiantes agora, uma queda na comparação com os 80% do ano anterior. Essas são algumas das conclusões da “Pesquisa CEO Outlook: Life Sciences 2024”, conduzida pela KPMG com 120 CEOs do setor de Life Sciences de 11 países e territórios, representando organizações com receitas superiores a US$ 500 milhões.

“Estamos em uma era de inovação sem precedentes. Muitas empresas estão avançando na medicina de precisão e no diagnóstico de doenças. Ao mesmo tempo, o setor é ecossistema diverso com organizações farmacêuticas globais e laboratórios com forte presença regional. Há ainda startups e unidades respeitadas de pesquisas em biotecnologia. As conclusões da nossa publicação evidenciam como os líderes estão transformando modelos operacionais e de negócios para atingirem seus objetivos estratégicos. Nesse ambiente, eles precisarão permanecer ágeis, tomar decisões ousadas e agir com integridade”, afirma Gustavo Vilela, sócio-líder do setor de Healthcare & Life Sciences da KPMG no Brasil.

O conteúdo revelou ainda que 66% dos respondentes já adaptaram suas estratégias de crescimento em função do mercado em constante transformação. Sobre como planejam crescer, os executivos indicaram que as principais prioridades são crescimento orgânico, fusões e aquisições. Metade (46%) deles dizem que provavelmente realizarão uma aquisição com impacto significativo sobre suas organizações nos próximos três anos. E esperam que digitalização, ESG e talentos ajudem a atingir os objetivos de crescimento.

Outra conclusão da pesquisa está na inovação ser a chave para o sucesso no setor, com os CEOs intensificando investimentos em novas tecnologias, digitalização e IA para impulsionar o crescimento. Sobre IA generativa, 60% dizem que esta é a prioridade principal de investimento. Além disso, 58% estão investindo mais em novas tecnologias do que em novas habilidades e competências da força de trabalho. Mais de três quartos deles também dizem que a IA ajudará a criar vantagens competitivas em um futuro próximo e 77% esperam ter retorno sobre investimentos nos próximos cinco anos.

Perguntados sobre os principais benefícios esperados com a implementação da IA Generativa em suas empresas, eles responderam: novas oportunidades de crescimento; aumento de eficiência e produtividade automatizando operações rotineiras; aumento da inovação; alta da lucratividade, diversidade de habilidades e competências. Dado adicional é que 70% desses executivos consideram que o ritmo do progresso das regulamentações da IA serão um obstáculo.

Os executivos também foram questionados sobre os principais impactos futuros da estratégia ESG, e indicaram os seguintes: relacionamento com clientes e associação positiva com a marca (38%); alocação de capital, parcerias, alianças e estratégias de fusões e aquisições (19%); atração de talentos (18%); retorno aos acionistas (9%); impulso ao desempenho financeiro (9%); envolvimento dos funcionários (7%).

Sobre força de trabalho, a grande maioria (94%) dos CEOs aumentará o número de funcionários nos próximos três anos e 37% deles consideram que aumentarão sua força de trabalho em 6% ou mais. Além disso, a maioria (83%) dos respondentes concordam que alcançar a igualdade de gênero entre executivos seniores ajudará a atingir as ambições de crescimento.