Artefato explode perto de local de votação na Bolívia
Um artefato explosivo foi detonado nas proximidades da escola Carrasco, utilizada como centro de votação em Entre Ríos, em Cochabamba, durante as eleições presidenciais bolivianas deste domingo, 17. O ataque não causou feridos, mas gerou alerta máximo das autoridades de segurança. As informações são da imprensa local.
Autoridades confirmaram o incidente e informaram que as investigações estão em curso para identificar os responsáveis. Apesar da gravidade do atentado, a votação transcorreu sem maiores complicações no local.
Às 05h40, uma operação especial do Tribunal Departamental Eleitoral chegou à zona afetada, escoltada por militares, para garantir a segurança do processo democrático. Todo o material eleitoral foi instalado normalmente e os cidadãos puderam exercer seu direito de voto.
O episódio ocorre em um contexto de alta tensão política na Bolívia, onde os eleitores decidem entre uma mudança radical após 20 anos de governo do Movimento ao Socialismo (MAS). O país atravessa sua pior crise econômica em décadas, com inflação próxima de 25% e escassez generalizada de dólares, combustíveis e alimentos.
Segundo incidente em 24 horas
Este não foi o único ataque registrado na região durante o fim de semana eleitoral. No sábado, 16, outro artefato havia explodido na comunidade de Kutimarcha, município de Arque, enquanto funcionários transportavam urnas eletrônicas para um centro de votação. Também neste caso, não houve vítimas.
As forças de segurança reforçaram o patrulhamento em toda a região de Cochabamba e prenderam 30 pessoas por violações das normas eleitorais, principalmente relacionadas ao consumo de álcool. Os detidos foram liberados após oito horas para garantir que pudessem votar.
Segundo as pesquisas, os candidatos de oposição Samuel Doria Medina e Jorge Quiroga lideram as intenções de voto e podem levar a disputa a um segundo turno em outubro, prometendo acabar com o modelo econômico estatal vigente há duas décadas.