Empresas familiares brasileiras têm passado por mais transformações, revela PwC

Pesquisa Global Hopes & Fears ouviu profissionais em 50 países, inclusive no Brasil, e aponta que a liderança transformadora é essencial.

WhatsApp Image 2025-04-09 at 11.49.26 (1)Helena Rocha, sócia e líder de Empresas Familiares na PwC Brasil. (Foto: Divulgação)

As empresas familiares demonstram maior agilidade e adaptação à mudanças no último ano no Brasil quando comparada com as demais companhias. A constatação é do recorte específico para empresas familiares da Pesquisa Global Hopes and Fears 2024, conduzida pela PwC, que ouviu mais 56 mil trabalhadores em 50 países, incluindo o Brasil. O estudo revela que 66% dos profissionais que atuam em empresas familiares com um histórico de inovação mais gradual, relataram ter experimentado mais transformações no último ano na comparação com 60% daqueles que trabalham em outras organizações.

“Para estar à frente na reinvenção dos negócios, é essencial ter talentos preparados para as mudanças. Nas empresas familiares, existem desafios específicos, pois a força de trabalho, muitas vezes, pode não compreender a necessidade da transformação. Por isso, é cada vez mais importante que as lideranças engajem seus profissionais, envolvendo-os e ajudando-os a entender o imperativo da reinvenção e como podem ser protagonistas nesta nova jornada”, destaca Helena Rocha, sócia e líder de Empresas Familiares na PwC Brasil.

A pesquisa mostra que embora 50% dos funcionários de empresas familiares afirmem não compreender a necessidade de mudanças (em comparação com 42% nas demais empresas), essas organizações se destacam em áreas estratégicas do mercado, como inteligência artificial (IA) generativa e sustentabilidade diante das mudanças climáticas.

Os dados reforçam essa diferença: 44% dos colaboradores de empresas familiares afirmam usar IA generativa no trabalho com frequência diária, semanal ou mensal. Já nas empresas não familiares, esse número é 12 pontos percentuais (32%) menor.

Quando o tema é mudanças climáticas, a percepção do impacto também varia: 45% dos funcionários de empresas familiares dizem sentir os efeitos dessa questão no trabalho, enquanto apenas 33% dos profissionais em empresas não familiares compartilham dessa visão.

Para que essas organizações aproveitem ao máximo as oportunidades geradas pela transformação digital, é fundamental que os líderes assumam uma liderança inovadora. Este papel, de acordo com a pesquisa, requer coragem para assumir riscos e para desafiar o status quo de forma inspiradora. “Além disso, este estilo de liderança fortalece a resiliência da equipe e prepara colaboradores para lidar com incertezas e transformar desafios em oportunidades”, completa, Helena Rocha.