Encontro LIDE ESG discute a transformação social com a presença do campeão olímpico Lars Grael
Cases de sucesso no tema foram apresentados pela Engie como o Programa Parcerias do Bem e o encontro permitiu uma discussão sobre como as empresas podem, por meio de renúncia fiscal e incentivo direto, ajudar a promover ações culturais, sociais e esportivas nas comunidades onde atuam.
Encontro LIDE ESG discute a transformação social no Paraná. (Foto: Divulgação)
O presidente do LIDE Esporte e campeão olímpico, Lars Grael foi o destaque do Encontro LIDE ESG realizado nesta quinta-feira (4), na Casa LIDE em Curitiba. Com o tema “Transformação Social”, o evento teve a participação da diretora administrativa da Engie Brasil, Luciana Nabarrete, que apresentou as ações da empresa filiada ao LIDE Paraná.
Lars, que é da família tradicional do iatismo brasileiro e participou de quatro jogos olímpicos, além de decacampeão brasileiro e pentacampeão sul americano da classe tornado e campeão mundial da categoria snipe, revelou que depois do grave acidente que sofreu durante uma competição em 1998, acreditou que seu papel no esporte brasileiro havia encerrado. “Era um momento para mim de provação muito grande mas ao mesmo tempo o lado positivo de pessoas que passavam por situações semelhantes que foram voluntariamente ao meu encontro, trazendo depoimentos de superação e esses foram fundamentais para respirar. A partir dali, sentia que minha carreira esportiva que estava no auge dela tinha acabado, mas foi quando nós pensamos em como que a gente poderia ser útil ao país não mais como atleta Olímpico, mas com a transformação social do esporte que sempre foi rotulado como um esporte de elite, surgiu assim o projeto Grael e lá se vão 23 anos.” Ressaltou o campeão olímpico.
Lars comentou sobre o aprendizado, parceiros e empresas que contribuíram para manter o projeto e captar mais recursos para o esporte. Captação essa vinculada a lei de incentivo Federal, a lei de incentivo do esporte, que como dirigente e atleta contribuiu para a aprovação. “Era uma luta histórica do segmento esportivo então lidar com o incentivo é lidar com recurso público, no mesmo rigor que você tem para licitação, pregão eletrônico e prestação de contas absolutamente inflexível. Então, aprendendo no início com os erros das primeiras ONGs de inclusão social através do esporte a fazer o uso da Lei, hoje a gente conseguiu uma estabilidade muito boa, então o esporte no Brasil representa uma referência muito grande.” Comenta, Lars.
Grael mencionou a experiência na política como Secretário Nacional do esporte durante do governo Fernando Henrique Cardoso, onde segundo o campeão, a gestão esportiva lhe deu a chance de conhecer mais a fundo o próprio país. Hoje ele além de se manter ativo no iatismo, também dirige o Projeto Grael que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, e que além da Engie do Brasil, também recebe incentivos das empresas paranaenses Aeroflex e Ademicon, via Lei de Incentivo ao Esporte.
A diretora administrativa da maior empresa de energia privada do país, a Engie Brasil Energia, Luciana Nabarrete apresentou três dos diversos cases sociais da empresa, que é referência mundial em serviços de Baixo Carbono e tem como compromisso com as práticas ambientais, sociais e de governança. Com mais de 262 milhões de reais já investidos em projetos sociais, que impactaram mais de 3 milhões de pessoas em mais de 3.300 projetos inspiradores. O programa Capacitar, idealizado pela ENGIE e o BNDES em 2015, que se refere ao uso de leis de incentivo fiscal. Qualifica e direciona o volume expressivo e pulverizado de solicitações de doações e patrocínios. Foram mais de 30 eventos, distribuição de cartilhas sobre mecanismos incentivo fiscal e diálogos com milhares de pessoas e entidades de todo o Brasil.
Outra ação é a Campanhas de doação de Imposto de Renda, que desde 2017, realizou seis campanhas internas de IRPF junto aos colaboradores da Engie. Foram mais de R$330 mil arrecadados em doações à Instituições Sociais. De acordo com Luciana, toda a empresa pode fazer a sua parte. “não importa o tamanho de sua empresa se é grande e é pequena tem uma entidade você tem oportunidade de contribuir fazendo bem em projetos que já existem que já são comprovados que já tem resultados que já tem número e ainda se beneficiar através do incentivo fiscal.” Acrescentou, Luciana.
Ela apresentou também o Programa Mulheres do Nosso Bairro, que "nasceu com o propósito de fortalecer a rede de apoio às mulheres através de ações locais com forte impacto na geração de renda de cada localidade. O programa atende mais de 100 municípios no Brasil. E os Centros de Cultura e Sustentabilidade, para todos os tipos de manifestação cultural, que gera inclusão social. Com mais de 22 milhões de reais investidos na construção e manutenção dos espaços. Todos os centros contam com anfiteatros, museus, bibliotecas, cinema, salas para oficinas de capacitação profissional e inclusão digital, além de espaços para exposições.
O evento contou com o apoio da Conecta Incentivos, startup que tem como objetivo conectar projetos de excelência nas áreas social, cultural e esportiva à empresas com potencial para investir recursos via incentivo fiscal. Já foram mais de R$20 milhões de reais incentivados em mais de um milhão de pessoas impactadas. A presidente do LIDE Paraná, Heloisa Garrett, ressaltou que o tema ESG é prioridade para a entidade e este evento marcou o início de um movimento do LIDE Paraná para reconhecer empresas socialmente responsáveis. Empresas que utilizam os seus recursos fiscais como ferramenta para transformação social, e que por meio de leis de incentivo apoiam a cultura, o esporte, a saúde e iniciativas sociais. Um universo muito amplo que possibilita o uso de recursos da esfera municipal, estadual e federal.
“Quando transformamos a realidade de uma pessoa, todo o esforço de ações como as que falamos hoje faz sentido, e sabendo que com essas iniciativas podemos transformar a vida de toda uma comunidade, é incrível o poder que cada um, na gestão da sua empresa, possa aproveitar das ferramentas que temos a disposição via incentivo para atuar onde o poder público não chega, contribuindo para a formação de cidadãos socialmente responsáveis e com oportunidades de desenvolvimento humano e social”, destacou a presidente do LIDE, que é jornalista e produtora cultural e há mais de um década se envolve em ações de incentivo.