Edgard Corona: o engenheiro químico que transformou o mercado fitness na América Latina
Fundador e CEO da Smart Fit, Edgard Corona lidera a maior rede de academias da região, com mais de 1.500 unidades. Em entrevista, ele compartilha sua trajetória, os desafios do setor e as inovações que impulsionam o negócio.
Edgard Corona, fundador e CEO da Smart Fit. (Foto: Divulgação)
De engenheiro químico a líder de uma das maiores redes de academias do mundo, Edgard Corona transformou o mercado fitness com um modelo de negócios que combina acessibilidade, tecnologia e alto padrão. À frente da Smart Fit, ele lidera uma rede com presença em 15 países e quase 5 milhões de clientes ativos. Em entrevista, Edgard fala sobre sua visão de negócio, as estratégias que alavancaram a empresa e o impacto da democratização do fitness no Brasil e no exterior.
A aquisição da Velocity foi uma grande novidade no setor. Qual foi a estratégia por trás dessa compra?
A Velocity era o melhor produto de spinning do mercado. Ao invés de criar algo do zero, decidimos aproveitar o excelente trabalho do Shane Young e integrar essa operação às nossas outras modalidades. Isso completa nosso portfólio de estúdios e traz mais opções aos clientes e franqueados.
Você já mencionou que a democratização do fitness é um pilar da Smart Fit. Como surgiu essa ideia?
Edgard Corona: Foi algo inspirado pela necessidade de oferecer acessibilidade sem abrir mão de qualidade. Desde o início, nossa meta foi criar academias de alto padrão com preços acessíveis, em torno de R$50. Isso envolveu mudanças em processos, uso de tecnologia e foco na experiência do cliente.
O que foi determinante para o sucesso da Smart Fit na América Latina?
Cada região tem suas características, então adaptamos o modelo ao perfil local, sempre mantendo um padrão de qualidade. Além disso, usamos dados para escolher as melhores localizações e desenhar operações eficientes.
A primeira academia da sua rede foi um “desastre”, como você descreveu. O que te motivou a continuar?
Edgard Corona: Erros são pedagógicos. A primeira experiência foi um aprendizado doloroso, mas nos mostrou o que evitar e como melhorar. A vontade de acertar e a resiliência me motivaram a tentar novamente, sempre aprendendo com cada passo.
Como você vê o impacto da atividade física na saúde mental e na qualidade de vida?
Edgard Corona: Atividade física é essencial para o equilíbrio mental e físico. Treinar não é só estética, é saúde. Estamos vendo uma mudança cultural onde as pessoas valorizam mais o exercício como forma de longevidade e bem-estar.
Qual é a importância da tecnologia, como inteligência artificial, no setor fitness?
Ainda é um campo em desenvolvimento, mas há muito potencial. Equipamentos que ajustam carga automaticamente e personalizam treinos são promissores. Contudo, nada substitui o papel do personal trainer em ajustar postura e otimizar o desempenho.
Por fim, que legado você gostaria de deixar com a Smart Fit?
Quero perpetuar a missão de democratizar o fitness de qualidade. Nosso objetivo é incluir mais pessoas, melhorar a saúde e a qualidade de vida, tornando a atividade física acessível a todos.