Volta às aulas presenciais: O que você precisa saber antes de levar seu filho à escola
Para orientar pais e responsáveis, Unicef produziu material com as principais informações sobre o assunto.
Mesmo com números de novos casos confirmados de Covid-19 se mantendo na faixa de 39 mil ao dia, com uma média diária de 870 mortes pela doença, alguns estados já começam a ensaiar a retomada às aulas presenciais nas escolas públicas. No Rio de Janeiro a previsão é que os alunos dos ensinos fundamental e médio voltem às salas de aula no dia 15 de setembro. Já em São Paulo, o secretário estadual de Educação afirmou que a reabertura das escolas públicas deve ocorrer a partir de 15 de setembro. Mas para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o retorno das estudantes às unidades escolares em locais onde a pandemia ainda não está totalmente controlada pode resultar no aumento da transmissão do novo coronavírus.
“A não ser que tenhamos um controle sobre o vírus e estivermos suprimindo a transmissão, reabrir as escolas num contexto de ampla transmissão vai, provavelmente, fazer o problema piorar”, alertou Mike Ryan, chefe de Operações da OMS, em agosto, mês em que as discussões sobre retomada das aulas presenciais começaram a ganhar corpo no Brasil. De acordo com último Censo Escolar, as escolas públicas têm 37,8 milhões de alunos matriculados no ensino fundamental e médio.
Para orientar pais ou responsáveis, no fim de agosto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicou um artigo com algumas recomendações quanto a reabertura das escolas:
É seguro meu filho voltar à escola?
As decisões sobre medidas de controle em escolas devem ser consistentes com decisões sobre outros distanciamentos físicos e medidas de resposta de saúde pública dentro da comunidade. É crucial que as escolas planejem com antecedência as ações adicionais para ajudar a garantir que alunos, professores e outros funcionários tenham um retorno seguro e que a comunidade se sinta confiante em mandar seus alunos de volta à escola.
O retorno das aulas presenciais provavelmente será diferente. É possível que as escolas reabram por períodos de tempo mais curtos e, dependendo do contexto local e aumento da transmissão, voltem a fechar. As autoridades precisarão ser flexíveis para ajudar a manter todas as crianças em segurança.
Que precauções a escola deve tomar para prevenir a propagação do vírus COVID-19?
A reabertura de escolas deve estar alinhada com as políticas públicas de enfrentamento do novo coronavírus. Algumas das medidas práticas que as escolas podem tomar incluem:
- Criar alternativas para o início e no encerramento do dia escolar
- Mover aulas para ambientes arejados ou ao ar livre
- Criar turnos para reduzir o tamanho das turmas
- Incluir ou aumentar a rotina escolar hábitos de higiene, como lavagens de mãos, etiqueta respiratória (ou seja, tossir e espirrar no cotovelo), medidas de distanciamento físico, procedimentos de limpeza para instalações e práticas seguras de preparação de alimentos.
- Treinar equipe administrativa e professores sobre distanciamento físico e práticas de higiene escolar.
Que perguntas devo fazer ao professor ou administrador da escola do meu filho?
Algumas questões feitas à escola podem ajudar no melhor entendimento da situação local e na decisão de levar ou não a criança para a escola:
- Que medidas a escola tomou para ajudar a garantir a segurança dos alunos?
- Como a escola vai apoiar a saúde mental dos alunos e combater qualquer estigma contra as pessoas que estiveram doentes?
- Como uma escola encaminhará as crianças que podem precisar de suporte especializado?
- As políticas de proteção da escola mudarão quando as escolas começarem a reabrir?
- Como posso apoiar os esforços de segurança da escola, inclusive por meio de comitês de pais e professores ou outras redes.
O que devo fazer se meu filho ficar para trás?
Muitas crianças precisarão de apoio extra para atualizar seu aprendizado quando as aulas presenciais forem retomadas. Ao mesmo tempo, as escolas devem ter um planejamento para ajudar com que os alunos voltem ao ritmo. A programação escolar pode incluir cursos de recuperação após as aulas ou ainda tarefas suplementares para serem feitas em casa.
(Fonte: Agência Einstein)