Executivos de educação enxergam lacuna entre o ensino superior e o mercado de trabalho
Pesquisa aponta que 97% dos entrevistados entendem que os alunos que se formam no ensino superior não têm conteúdo e conhecimentos adequados para ingressar no mercado de trabalho.
Marcos Boscolo, sócio da KPMG no Brasil e líder da área de educação. (Foto: Divulgação)
Um levantamento produzido pela KPMG no Brasil com 200 executivos do setor de educação aponta que 97% dos entrevistados entendem que os alunos que se formam no ensino superior não têm conteúdo e conhecimentos adequados para ingressar no mercado de trabalho. Para 42% dos participantes, os cursos oferecidos por instituições estão defasados frente às necessidades corporativas e 55% avaliam que os conteúdos apresentados são apenas parcialmente aderentes a essas necessidades. Não houve resposta com relação à total aderência do conteúdo e dos conhecimentos dos cursos e 3% informaram não fazer esse tipo de avaliação na instituição.
Um levantamento produzido pela KPMG no Brasil com 200 executivos do setor de educação aponta que 97% dos entrevistados entendem que os alunos que se formam no ensino superior não saem com conteúdo e conhecimentos adequados para ingressar no mercado de trabalho. Para 42% dos participantes, os cursos oferecidos por essas instituições frente às necessidades da esfera corporativa e 55% avaliam que os conteúdos apresentados são apenas parcialmente aderentes a essas necessidades. Não houve resposta com relação à total aderência do conteúdo e dos conhecimentos dos cursos e 3% informaram não fazer esse tipo de avaliação na instituição.
De acordo com o sócio da KPMG no Brasil e líder da área de educação, Marcos Boscolo, tais dados trazem constatações importantes sobre a capacidade de as instituições se adaptarem às rápidas e constantes mudanças no mercado de trabalho, novas tecnologias, novas profissões, bem como no seu processo de interação com ele, ou seja, ouvir das principais empresas recrutadoras o que elas esperam em termos de conhecimentos e competências de um aluno que cursa o ensino superior.
Segundo a pesquisa, um dos caminhos para melhorar a qualificação dos alunos é aumentar a interação das instituições de ensino com o mercado de trabalho, ou seja, ouvir das principais empresas que recrutam universitários o que elas esperam em termos de conhecimentos e competências.
“O desafio é enorme e tende a aumentar ainda mais pois a velocidade das mudanças é cada vez maior e a capacidade de adaptação das instituições segue um ritmo muito mais lento, inclusive por questões regulatórias junto ao Ministério da Educação. Com isso, fatores críticos presentes e atuais no mundo corporativo não são debatidos nesses espaços e questões que não são prioritárias ou até mesmo deixaram de ser críticas, ainda fazem parte da formação acadêmica dos alunos. Os cursos de extensão e pós-graduação ajudam a encurtar essa distância, mas ainda não são soluções imediatas e abrangentes”, acrescentou o sócio.