Oxford e Fundação Dom Cabral criam projeto de imersão empreendedora na favela
Cerca de 60 estudantes de MBA vieram ao Brasil para participar do Vivência Paraisópolis
O roteiro visa levar troca de experiências entre lideranças e empreendedores da comunidade e seus visitantes. (Foto: Divulgação)
Nesta terça-feira (28), o Pavilhão Social do G10 Favelas recebeu cerca de 60 estudantes da Fundação Dom Cabral e da Universidade de Oxford para uma imersão na favela. O projeto Vivência Paraisópolis apresentará os bastidores dos negócios de impacto social que fazem parte do G10 HUB - Acelerador de Negócios.
Hoje existe uma forte presença de marcas e negócios dentro das favelas no Brasil, o que, só em 2021, correspondeu a um movimento de cerca de R$180BI – com potencial de aumentar esse número ano a ano. Segundo dados levantados na periferia, 76% dos moradores têm interesse em abrir a própria empresa e 50% deles já se consideram empreendedores.
Segundo Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas, os negócios estimulados pelo Hub de inovações do bloco já movimentam R$8 bilhões/ano nas comunidades em que atuam.
“As favelas podem solucionar grandes problemas da economia no país. Criamos uma potência que vem ganhando repercussão internacional”, afirma ele.
O roteiro de imersão visa levar troca de experiências entre lideranças e empreendedores da favela e seus visitantes. Durante o dia, os estudantes receberão orientações sobre como investir em negócios no Brasil, pensando no impacto social e transformação nas comunidades.
Além disso, a programação incluiu um tour pelas iniciativas alocadas no Pavilhão, como é o caso da Mãos de Maria, Costurando Sonhos Brasil, +FavelaTV, Emprega Comunidades, Favela Brasil Xpress, entre outras.
Para Marx Rodrigues, CEO da +FavelaTV, a imagem de poder da periferia tem ganhado uma enorme visibilidade dentro e fora dela.
A médio prazo, veremos as favelas fazendo parte da sociedade, de forma mais integrada e participativa”, conclui.
Ainda na visita a Paraisópolis, o grupo de alunos conheceram um pouco da estrutura geográfica da comunidade, assim como fizeram uma visita ao centro comercial, guiados pelos representantes do G10 Favelas.