Homem que cortou rosto de personal trainer em SP confessa agressões

O homem apontado como responsável por cortar o rosto do personal trainer Thiago Medeiros, de 32 anos, em um bar no interior de São Paulo, confessou as agressões durante depoimento à polícia. A vítima mora na cidade do Rio de Janeiro (RJ), enquanto o autor do crime é do Distrito Federal. Os dois estavam em Águas de Lindoia por causa de um evento de carros antigos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o autor foi identificado com a colaboração de um delegado de Vicente Pires, no Distrito Federal (DF). A vítima reconheceu o agressor por meio de videoconferência e reconhecimento fotográfico.

"A equipe confirmou que um veículo Mercedes-Benz C180, relacionado ao suspeito, esteve na cidade na data do crime. Intimado, ele confessou a agressão em depoimento prestado na delegacia de Vicente Pires", informou a secretaria em nota.

O caso foi registrado como lesão corporal de natureza grave, enquanto a vítima alega tentativa de homicídio. "As diligências seguem para o completo esclarecimento dos fatos", acrescentou a pasta.

A agressão ocorreu no dia 21 de junho, na cidade de Águas de Lindoia, no interior de São Paulo, após a vítima tentar impedir que mulheres fossem importunadas sexualmente pelo agressor.

Incomodado com a intervenção, o homem reagiu e agrediu o personal trainer com pedaços de um copo de vidro. Thiago Medeiros levou 45 pontos no rosto e, desde o ocorrido, está sem condições de trabalhar.

Por ser autônomo, ele tem usado as suas reservas financeiras para arcar com as despesas mensais, enquanto não recebe permissão médica para retornar às suas atividades.

Ao g1, o personal disse também que não teve dinheiro para custear as cirurgias plásticas corretivas. "Vão ficar marcas que vou ter que fazer processos estéticos. Eu fui no cirurgião plástico, uma amiga me ajudou, mas no momento eu não estou podendo ter gasto nenhum, porque eu continuo sem trabalhar", contou Medeiros ao portal.

Em nota, a organização do Encontro Brasileiro de Autos Antigos (EBBA) informou que a agressão aconteceu fora da área oficial do evento, em um estabelecimento que não faz parte da estrutura do EBBA. Por isso, o crime "não deve ser associado à organização ou às atividades do evento".