Helder Barbalho defende combate à ilegalidade ambiental e liderança do Brasil na economia verde
Com um compromisso firme contra a ilegalidade e uma visão estratégica para o futuro da Amazônia, Helder Barbalho defendeu que o Brasil tem a oportunidade de liderar a economia verde global, consolidando-se como potência na transição energética, bioeconomia e mercado de carbono.
O governador do Pará, Helder Barbalho, participou do Brasil Summit, realizado nesta quarta-feira (12), em Brasília, pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais e pelo Correio Braziliense. Em sua participação, ele destacou a necessidade de separar o desenvolvimento sustentável das práticas ilegais, reforçou o compromisso do estado na redução do desmatamento e enfatizou a COP30 como um marco para o Brasil se consolidar como potência da bioeconomia e da transição energética.
"O Estado brasileiro não pode continuar dialogando com ilegalidades ambientais"
Helder Barbalho foi categórico ao afirmar que o crescimento econômico não pode estar atrelado à ilegalidade e que a fiscalização ambiental é essencial para dar credibilidade ao agronegócio, à mineração e à indústria brasileira no mercado global.
"O Estado brasileiro deve combater as ilegalidades ambientais. Não podemos permitir que práticas criminosas contaminem as boas práticas da pecuária sustentável, da agricultura sustentável e da mineração responsável", afirmou.
Ele apresentou números que demonstram o avanço da fiscalização no Pará, que reduziu pela metade o desmatamento desde 2018, passando de 4.400 km² para 2.200 km² em 2024.
Intensificação da pecuária e rastreabilidade como diferenciais competitivos
O governador destacou que 90% do desmatamento no estado ocorre para a pecuária, e defendeu a intensificação da produção como alternativa para aumentar a produtividade sem desmatar novas áreas.
Ele mencionou que, mesmo com a redução do desmatamento, o rebanho do Pará cresceu 1,5 milhão de cabeças entre 2023 e 2024, mostrando que é possível expandir a produção de forma sustentável.
Helder Barbalho defende combate à ilegalidade ambiental e liderança do Brasil na economia verde. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Para fortalecer essa estratégia, o Pará está implementando um programa de rastreabilidade da pecuária, permitindo que os produtores tenham acesso a mercados internacionais que exigem certificação de origem.
"Nossa meta é garantir que todos os pequenos produtores tenham acesso a essa tecnologia sem custos, viabilizando sua entrada no mercado global e agregando valor ao seu produto", explicou.
Mercado de carbono e novas oportunidades econômicas
Helder Barbalho também destacou o potencial do mercado de carbono como uma nova fonte de receita para o Brasil. Ele revelou que o Pará fechou recentemente um contrato de 12 milhões de toneladas de carbono, gerando R$ 1 bilhão em recursos, que serão destinados a produtores rurais, comunidades indígenas e projetos de sustentabilidade.
"O Brasil é o principal player global para ofertar essa nova commodity. Só o Pará já certificou 300 milhões de toneladas, o que representa um potencial de R$ 40 bilhões", afirmou.
Ele defendeu que essa nova economia verde pode transformar a Amazônia, criando empregos e estimulando um modelo produtivo que valoriza a floresta em pé.
Primeiro projeto de concessão de restauração florestal do Brasil
Uma das iniciativas inovadoras citadas pelo governador é o projeto de concessão de restauração de áreas degradadas, que será lançado no dia 28 de março na B3, em São Paulo.
A proposta prevê que empresas privadas possam restaurar áreas de floresta pública degradadas e utilizar essa recuperação para créditos de carbono e manejo florestal sustentável.
"Se o Pará mostrar que esse modelo funciona, ele poderá ser replicado em outras partes do Brasil, criando uma nova economia baseada na recuperação ambiental", explicou.
Transição energética e o protagonismo do Pará
Outro ponto destacado por Helder Barbalho foi o papel do Pará na transição energética global. O estado, que já se destaca na mineração, também tem grande potencial para produção de hidrogênio verde, biocombustíveis e metais críticos usados em tecnologias renováveis.
"O Pará não é apenas o maior emissor de gases do Brasil. Estamos nos tornando parte da solução, oferecendo ao mundo os insumos necessários para a transição energética", afirmou.
COP30: a oportunidade de reposicionar o Brasil no cenário global
Helder Barbalho enfatizou que a COP30 será uma chance única para o Brasil mostrar ao mundo sua liderança na sustentabilidade. Para ele, a conferência deve ser um marco de implementação de ações concretas e não apenas de debates.
"Não podemos permitir que a COP30 seja vista apenas como um evento ambientalista. Ela deve ser a COP da implementação, onde o Brasil prova que pode crescer, gerar riqueza e preservar ao mesmo tempo", ressaltou.
Ele defendeu que o setor privado participe ativamente da transição econômica verde, investindo em tecnologias sustentáveis e em modelos produtivos inovadores.
Brasil deve pensar a longo prazo e garantir segurança jurídica
Encerrando sua participação, Helder Barbalho reforçou que o Brasil precisa de planejamento e estabilidade para aproveitar seu potencial na economia verde. Ele criticou a falta de segurança jurídica no país, que muitas vezes impede o avanço de projetos sustentáveis.
"O mundo mudou. O Brasil precisa deixar de pensar apenas no curto prazo e garantir regras estáveis para atrair investimentos e consolidar sua posição como potência sustentável", concluiu.
O Brasil Summit tem patrocínio do Banco BRB, da CNT e da Febraban; e apoio da TecnoBank e Grupo Paulo Octávio. Os parceiros de mídia são TV LIDE, TV Brasília, cb.dooh, Clube FM 105.5 e Revista LIDE. Os fornecedores oficiais do evento são Natural One e Brasília Palace.