Em evento do Grupo Lide, Firjan defende combate ao crime organizado

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, destacou a importância da PEC que o governo federal pretende enviar ao Congresso Nacional para o combate ao crime organizado.

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira - Crédito Paula JohasEduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). (Foto: Paula Johas/Firjan)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, destacou, durante o 23º Fórum Empresarial Lide, a importância da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que o governo federal pretende enviar ao Congresso Nacional para o combate ao crime organizado.

“Espero que os governadores façam um trabalho para que essa medida possa ir adiante, conferindo ao governo federal poderes para combater o crime organizado”, disse o presidente da Firjan, durante o evento promovido pelo Grupo Líderes Empresariais, no último dia 16, no Rio de Janeiro.

Gouvêa Vieira ressaltou o impacto negativo do crime organizado sobre a sociedade e abordou também dados do estudo “Brasil Ilegal em Números”, divulgado em abril deste ano pela Firjan, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O material mostra que ações ilegais, como contrabando, pirataria, roubo e furto de serviços públicos, causaram prejuízo econômico de R$ 453,5 bilhões ao país em 2022.

De acordo com o estudo, desse montante, R$ 136 bilhões são referentes aos impostos que deixaram de ser arrecadados e R$ 297 bilhões relacionados às perdas registradas em 16 setores econômicos, entre eles brinquedos e celulares. Firjan, CNI e Fiesp reforçam que, do ponto de vista da arrecadação de impostos, o mercado ilegal afeta diretamente a capacidade do poder público de promover melhorias nos serviços oferecidos à população.

As instituições sinalizam ainda que, com a ilegalidade, a tendência é de diminuição da produção por parte das empresas afetadas, já que boa parte da demanda acaba sendo abastecida pelo mercado ilícito. E que isso, consequentemente, causa perda de vagas formais de emprego. Levando em consideração 15 setores afetados pelo mercado ilícito, o estudo aponta que o país deixou de gerar 369.823 empregos diretos com carteira assinada em 2022. Entre os setores afetados estão o farmacêutico e o de combustíveis, que deixaram de empregar 20,7 mil e 15,5 mil trabalhadores, respectivamente.

Firjan, CNI e Fiesp pontuam no estudo que os impactos do mercado ilegal não atingem somente a indústria, mas toda a sociedade. “Por isso, o combate ao “Brasil Ilegal” é essencial para o desenvolvimento socioeconômico do país, sendo fundamental o incremento de ações coordenadas entre os entes públicos federais, estaduais e municipais no combate à ilegalidade”, ressaltam as instituições.

Acesse o estudo “Brasil Ilegal em Números”: