Eduardo Braga define desenvolvimento sustentável e transição energética como pilares para o futuro do Brasil
Com um compromisso firme com o desenvolvimento sustentável e a transição energética, Eduardo Braga reforçou que o Brasil tem condições de liderar a nova economia verde global, garantindo crescimento econômico, geração de empregos e preservação ambiental ao mesmo tempo.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) participou do Brasil Summit, realizado nesta quarta-feira (12) em Brasília, pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais e pelo Correio Braziliense. Durante sua participação, ele ressaltou que o maior ingrediente de combate ao desmatamento é o combate à fome e à deseducação, defendendo que crescimento econômico, preservação ambiental e inclusão social precisam caminhar juntos.
Braga também destacou o papel estratégico da Amazônia no equilíbrio climático global, a importância da transição energética e a necessidade de o Brasil ser remunerado pelos serviços ambientais que presta ao mundo.
“O maior ingrediente de combate ao desmatamento é o combate à fome e à deseducação”
O senador afirmou que não basta apenas fiscalização e controle para reduzir o desmatamento, mas sim uma estratégia que envolva o desenvolvimento econômico e social das populações que vivem na floresta.
"O que define se uma pessoa será ou não ambientalista é a fome. Se não oferecermos alternativas econômicas sustentáveis, será impossível combater o desmatamento apenas com repressão", destacou.
Ele citou o modelo da Zona Franca de Manaus como um exemplo de desenvolvimento econômico sustentável, destacando que o Amazonas preserva 97% de sua floresta primária justamente por contar com uma economia estruturada.
"Graças à Zona Franca de Manaus, o Amazonas não precisou derrubar sua floresta para crescer. Esse é o maior programa de sustentabilidade ambiental do Brasil e prova que é possível preservar e gerar empregos ao mesmo tempo", afirmou.
Mercado de carbono e monetização da floresta em pé
Braga criticou o fato de que, por muitos anos, o Brasil não teve instrumentos para valorizar a floresta em pé, enquanto países que destruíram suas matas eram beneficiados por programas ambientais internacionais.
Eduardo Braga define desenvolvimento sustentável e transição energética como pilares para o futuro do Brasil. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)
Ele comemorou a recente aprovação da Lei do Mercado de Carbono, que finalmente permitirá ao Brasil transformar a conservação da Amazônia em uma fonte legítima de receita.
"O Protocolo de Quioto premiava quem já tinha destruído suas florestas. Agora, com o mercado de carbono, podemos finalmente valorizar nosso maior ativo ambiental e gerar recursos para preservar a Amazônia de forma estruturada", explicou.
Ele também elogiou a iniciativa do governador Helder Barbalho, que lançará na B3, em São Paulo, o primeiro programa de concessão para restauração de áreas degradadas.
"Milhões de hectares estão degradados sem gerar nenhum benefício econômico. Com essa concessão, podemos recuperar a floresta e criar uma nova economia baseada na sustentabilidade", afirmou.
A transição energética como oportunidade para o Brasil
Eduardo Braga destacou que o Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 49,1% de sua energia vinda de fontes renováveis em 2023, enquanto a média mundial é de apenas 14,3%.
Ele defendeu que o país deve usar esse diferencial para atrair investimentos e se consolidar como líder na transição energética global.
"O Brasil já tem uma matriz energética exemplar. Agora, precisamos transformar esse potencial em crescimento econômico e exportação de energia limpa para o mundo", disse.
Braga também citou o crescimento expressivo das fontes solar e eólica, além do avanço do Programa Nacional de Hidrogênio Verde, que já recebeu US$ 30 bilhões em investimentos.
"O Brasil pode se tornar um dos maiores exportadores de hidrogênio verde e consolidar sua posição como potência energética do século XXI", destacou.
Brasil precisa ser reconhecido e remunerado por seus serviços ambientais
O senador criticou a hipocrisia de países desenvolvidos que pressionam o Brasil para preservar sua floresta, mas não reconhecem financeiramente os serviços ambientais que a Amazônia presta ao mundo.
"Nós garantimos o equilíbrio hidrológico para a produção agrícola do Brasil e a geração de energia limpa. Quem mais se beneficia disso? O mundo. Mas quem paga por isso? Ninguém", afirmou.
Ele defendeu que o Brasil deve exigir compensações internacionais para manter sua floresta preservada e financiar projetos sustentáveis na Amazônia.
COP30 e o papel do Brasil na agenda climática global
Braga ressaltou que a COP30 será uma oportunidade crucial para o Brasil redefinir sua posição na economia verde global e demonstrar que preservação e desenvolvimento podem andar juntos.
"O Brasil não pode ser visto apenas como um coadjuvante na agenda ambiental. Somos protagonistas e precisamos garantir que a COP30 traga resultados concretos para o nosso país", afirmou.
Ele defendeu que a conferência deve focar na implementação de soluções reais, como financiamento para restauração florestal, incentivo ao mercado de carbono e expansão da infraestrutura de energia limpa.
Brasil entre os líderes globais da sustentabilidade
Encerrando sua participação, Eduardo Braga reforçou que o Brasil tem todos os elementos necessários para se consolidar como referência em sustentabilidade, mas precisa de planejamento, segurança jurídica e reconhecimento internacional.
"A Amazônia não é o problema, é a solução. O Brasil pode ser um dos principais líderes da transição energética e do mercado de carbono, mas precisamos garantir que esse protagonismo traga benefícios reais para o nosso povo", concluiu.
O Brasil Summit tem patrocínio do Banco BRB, da CNT e da Febraban; e apoio da TecnoBank e Grupo Paulo Octávio. Os parceiros de mídia são TV LIDE, TV Brasília, cb.dooh, Clube FM 105.5 e Revista LIDE. Os fornecedores oficiais do evento são Natural One e Brasília Palace.