Seis em cada dez CEOs concordam que IA é positiva e traz eficiência nos negócios

A mesma proporção considera que não estamos fazendo o suficiente para lidar com as consequências não intencionais da inteligência artificial que podem resultar em implicações significativas para os negócios e a sociedade, diz estudo da EY

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A mesma proporção considera que não estamos fazendo o suficiente para lidar com as consequências não intencionais da inteligência artificial que podem resultar em implicações significativas para os negócios e a sociedade, diz estudo da EY (Foto: Unsplash)

A ascensão da inteligência artificial generativa chamou a atenção dos líderes empresariais, investidores e consumidores. Bilhões de dólares já foram investidos nessas soluções, mas ainda não há um caminho claro sobre os limites que serão impostos a essa tecnologia por meio da regulação. Mesmo nesse cenário ainda nebuloso, os CEOs veem enormes oportunidades na utilização dessa tecnologia, reconhecendo seu potencial para elevar a produtividade dos negócios. Seis em cada dez (65%) concordam ou concordam parcialmente que a IA é positiva, impulsionando a eficiência das organizações e criando dessa forma resultados positivos para toda a sociedade, como inovações nos tratamentos de saúde.

Na pesquisa realizada pela EY, que faz parte da série CEO Imperative, foram ouvidos 1,2 mil CEOs em todo o mundo sobre como eles usam atualmente a IA, bem como seus planos para alavancar essa tecnologia. Além disso, trouxe informações de como esses executivos pretendem incorporar a sustentabilidade na agenda de crescimento das suas organizações. Sobre o impacto da inteligência artificial na força de trabalho, 66% dos respondentes acreditam que será contrabalançado pelas funções e oportunidades de carreira criadas por essa tecnologia. Para eles, portanto, não há motivo para os trabalhadores temerem os sistemas de IA.

Ao mesmo tempo, quase dois terços (65%) consideram que não estamos fazendo o suficiente para lidar com as consequências não intencionais da inteligência artificial que podem resultar em implicações significativas para os negócios e a sociedade. Estão incluídos nessa afirmação riscos diversos como fake news e falta de segurança da informação, o que pode resultar em incidentes cibernéticos, especialmente vazamentos de dados, resultando em prejuízos financeiros e reputacionais para as organizações.

Regulação da IA

Sendo assim, para os CEOs, os legisladores e reguladores têm papel fundamental para estabelecer regras sobre como a IA, incluindo a generativa, deve ser usada, trazendo segurança jurídica para o mercado. Para 67% dos CEOs entrevistados, a comunidade empresarial precisa participar desse processo, atentando-se às implicações éticas do uso da inteligência artificial e como esses sistemas podem impactar áreas centrais das nossas vidas, como o direito à privacidade.

Apesar dessas preocupações, os CEOs estão criando estratégias de investimento para maximizar os benefícios atuais e futuros que a IA pode trazer para seus negócios. A alocação de capital está direcionada para essas tecnologias, com quase metade dos CEOs direcionando os investimentos para produtos e serviços orientados para IA, assim como para iniciativas de inovação dedicadas ao desenvolvimento dessa tecnologia.