Thelma Krug: "Se todas as empresas tivessem plantado o que prometeram, o planeta estaria em um verde total"

No evento da nova plataforma LIDE ESG, empresários e especialistas debateram os impactos e riscos das mudanças climáticas para as companhias.

de5429d1-3a26-4b93-ad35-a1dcd680e57dThelma Krug, Ricardo Assumpção, Fabio Alperowitch e Roberto Klabin debatem ESG. (Fotos: Reprodução)

"Se todas as empresas tivessem plantado o que prometeram plantar, o planeta estaria em um verde total". A provocação é da vice-presidente do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, Thelma Krugg, que participou do debate sobre impactos e riscos das mudanças climáticas para as empresas no LIDE TALKS ESG, nesta quarta-feira (17).

O evento, que integra a nova plataforma LIDE ESG, reuniu remotamente empresários e especialistas para discutir ações ligadas às questões de governança, sustentabilidade e desenvolvimento. O chairman do LIDE, Luiz Fernando Furlan, o presidente do LIDE Sustentabilidade, Roberto Klabin, e o diretor-executivo do Grupo Doria, João Doria Neto, mediaram o encontro.

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Para Thelma Krug, do IPCC, os governos precisam de integração com indústria, agricultura, consumo, business para que as metas do Acordo de Paris, que rege a redução de emissão de gases estufa, ocorram até 2050. Ela defendeu o empenho do empresariado para que a causa sustentável alcance todos os níveis da sociedade.

"É importante ressaltar que a ciência afirma que o reflorestamento que gera créditos de carbono, por exemplo, precisa ficar ali, intacto, por cerca de 1000 anos para anular a emissão de CO2 na atmosfera", disse.

O fundador e portfolio manager da Fama Investimentos, Fabio Alperowitch, disse que os recursos naturais devem ser parte do custo da operação das empresas, que devem ficar atentas rigorosamente aos critérios ESG, indispensável para a competição do mercado. 

"Estamos em uma emergência climática e falamos isso há 30 anos. À época, entendeu-se que era um problema do futuro, mas o tempo passou e as empresas e sociedade civil precisam criar ações agora para conter resultados como a falta de água e comida, aumento de refugiados, além de outras questões sociais por conta das mudanças climáticas, como xenofobia e fome".

Ricardo Assumpção, CEO da Grape, e curador convidado para o LIDE ESG, disse que a nova plataforma estimula o debate entre a ciência e a iniciativa privada. Para Roberto Klabin, que preside o LIDE Sustentabilidade, a discussão sobre esse tema é prioritária e decisiva para o desenvolvimento econômico mundial.

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