Roberto Campos Neto afirma que o combate à inflação não está ganho

Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. (Foto: Vanessa Carvalho/ LIDE)

O desempenho econômico e a valor da taxa de juros do Brasil não passaram desapercebidos na exposição do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante o LIDE Development Forum, que acontece nesta sexta-feira (1) em Washington. Com o anúncio do resultado positivo do PIB no segundo trimestre, com crescimento de 0,9%, que Campos Neto classificou como “muito bom”, o presidente enxerga um cenário otimista ao país, com previsão de crescimento de 2,5% a 3%.

Apesar do ar otimista, o presidente do Banco Central enfatiza que as ações para seguir neste caminho devem ser baseadas sempre na credibilidade. Por isso, encara que a batalha para o combate a inflação não está ganho. “Se você não faz a última milha, ela volta mais alta e persistente”. Para ele, objetivo é fazer com que a inflação caia com o menor custo para a sociedade, balanceando o acesso ao crédito e desemprego. Neste balanço, afirma que “há dificuldade em achar um país com um conjunto de dados tão bom neste sentido”.

Em sua fala, Campos Neto citou as diversas reformas aprovadas no Brasil como fatores importantes para chegar a esse contexto nacional de surpresas positivas. Neste caminho, lembrou da importância de democratizar o acesso de pessoas e empresas ao mercado de capitais, que segundo ele, impacta diretamente no trabalho do estado. “O mercado de capitas ajuda o governo a destinar recursos ao médio e pequeno [empresário]. A gente precisa continuar avançando com essas medidas”, reforça.

Reforma à vista

Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. (Foto: Vanessa Carvalho/LIDE)

A palavra também foi citada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que aproveitou a sua exposição para passar a sua mensagem ao Congresso. “Depois da Reforma Tributária, o Congresso deveria se debruçar no Marco Legal das Concessões”. O político defende a urgência do tema por ainda existir um grande desafio no Brasil que esbarra na alta judicialização do assunto, impactando nas gestões e na falta de credibilidade do país.

O LIDE Brazil Development Forum tem patrocínio do Banco BRB, Bradesco, CEDAE, CNI, Febraban, Invest.Rio, Itaú e Paper Excellence. O evento conta ainda com apoio da Acciona, Deso, FIA e Grupo BBF.