Coca-Cola impulsiona logística reversa com rastreamento de garrafas retornáveis
Empresa investe na gestão dos vasilhames com inserção de um código 2D na embalagem, além de permitir ao consumidor acessar informações sobre o impacto do uso sustentável.
Prática consiste na gravação do código por laser nas garrafas para maior controle logístico das embalagens. (Foto: Unsplash)
Promover alternativas sustentáveis tem sido um objetivo comum entre as empresas que estão comprometidas em minimizar os impactos climáticos. Desde transformar seus processos na cadeia produtiva até permitir um canal de comunicação direta com o consumidor, a tecnologia tem sido o vetor para diferentes iniciativas de governança ambiental.
Alinhadas às práticas da ESG – sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança e que completa 20 anos de sua criação em 2024 – empresas investem em recursos tecnológicos que promovam soluções com foco na sustentabilidade. O estudo “Reimaginando o futuro da indústria”, lançado no último ano pela consultoria Ernst & Young, apontou que 35% das empresas que responderam à pesquisa apontam ESG como principal motivador de investimentos tecnológicos e mais de três quartos dos entrevistados acreditam que as tecnologias podem exercer um papel fundamental na diminuição das emissões de carbono das suas empresas.
Parte indispensável do trabalho realizado no planejamento sustentável, a logística reversa é uma das áreas potencializadas pela inserção da tecnologia. Exemplo dessa prática, a Coca-Cola passou a inserir o padrão de código 2D GS1 Digital Link nas suas embalagens retornáveis. Com o objetivo de ter maior gestão do parque de vasilhames retornáveis, a iniciativa consiste na gravação do código por laser nas garrafas para maior controle logístico das embalagens e a mensuração de possíveis impactos causados.
“Esse é um dos projetos que visa o futuro do nosso planeta e toca em pontos extremamente importantes para nossa empresa e para a área de tecnologia”, comenta o especialista em Novas Tecnologias do escritório da Coca-Cola Brasil e Cone Sul, Alfeu Júnior.
Além da otimização no controle de rastreabilidade dos vasilhames, a tecnologia atua em outro segmento voltado para as práticas sustentáveis: a comunicação direcionada ao consumidor final. Por meio da leitura do GS1 Digital Link, a empresa apresenta aos compradores mais informações sobre os produtos que adquirem e quais os principais benefícios do uso de garrafas retornáveis.
“O GS1 Digital Link nos abre um leque de possibilidades para criarmos um canal de comunicação direta com os consumidores. Assim, ele pode entender qual é a jornada realizada por aquela determinada garrafa e qual é o impacto da decisão dele de comprar um produto retornável em relação ao meio ambiente”, explica Alfeu Júnior.