Oriente Express escolhe a cidade eterna para iniciar coleção de hotéis

Hoje, a história continua, e no coração do centro histórico de Roma, no bairro Panthe- on, o primeiro hotel Orient Express – marca que faz parte do portfólio da Accor – encon- trou um endereço de prestígio na Piazza de la Minerva.

40-3Oriente Express escolhe a cidade eterna para iniciar coleção de hotéis. (Foto: Divulgação)

Há 150 anos, Georges Nagelmackers criou a Compagnie Internationale des Wagons-Lits, primeira empre- sa a introduzir vagões-dormitório e vagões-restaurante nas composições. Suas primeiras locomotivas de luxo logo partiriam pela Europa para marcar uma época. Alguns anos depois, o lendário trem Orient Express passaria a conectar Paris à Constantinopla – atual Istambul – e, graças ao seu sucesso, surgiria a Compagnie des Grands Hôtels. À medida que os trilhos que cortavam o velho continente eram percorridos, suntuosos ho- téis-palácio abriam suas portas para atender hóspedes exigentes.

Hoje, a história continua, e no coração do centro histórico de Roma, no bairro Panthe- on, o primeiro hotel Orient Express – marca que faz parte do portfólio da Accor – encon- trou um endereço de prestígio na Piazza de la Minerva. O empreendimento fica próximo à Igreja de Santa Maria sopra Minerva, a úni- ca de estilo gótico em Roma e lar do Cristo de Miguel Ângelo, em frente a um obelisco egípcio do escultor Bernini.

Com previsão de abertura em 2023, o Orient Express escolheu o antigo Palazzo Fonseca, palácio do século 17, para cele- brar toda a rica herança e arte de viajar pela Europa. O hotel foi construído em 1620, por ordem dos Fonseca, uma rica família aris- tocrática do Reino de Portugal que se esta- beleceu em Roma no século 15. O local foi inaugurado como hotel no início do século 19, antes de receber o nome de Grand Hotel de la Minerva, em 1832.

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Piazza de la Minerva é um dos marcos da cidade italiana. (Foto: Divulgação)

Tradição e nostalgia

Durante dois séculos, os maiores viajan- tes passaram por este hotel histórico. Como uma parada no Grand Tour, que levou jovens aristocráticos por toda a Europa, bem como amantes da arte, colecionadores, religiosos e intelectuais, o hotel deu as boas-vindas ao escritor, aventureiro e viajante Herman Melville. Stendhal ficou lá por alguns meses e encontrou inspiração para escrever suas Promenades em Roma. George Sand, que amava a Itália, fez uma longa viagem até ali, em 1855. Mais tarde, o escritor Thomas Bernhard criou Murau, o personagem de seu romance, The Extinction.

“Nos últimos 150 anos, temos exaltado a arte de viajar com seus trens de luxo, suas experiências únicas e suas coleções de objetos raros”, explica Guillaume de Saint Lager, vice-presidente do Orient Express, acrescen- tando: “Uma nova era se inicia, o lançamento da coleção de hotéis exclusivos no mundo, em uma das capitais mais românticas da Europa. É o lugar perfeito para escrever os próximos capítulos da história do Orient Express”.