Vulcabras amplia portfólio de marcas esportivas e assume liderança do segmento

Pedro Bartelle, presidente da Vulcabras. (Foto: Divulgação)

No primeiro trimestre deste ano, a Vulcabras – companhia brasileira que acumula quase 70 anos de história – concluiu a aquisição da operação da Mizuno no Brasil, passando a desenvolver, produzir e importar produtos da empresa japonesa, incluindo calçados, vestuários e acessórios. Terá exclusividade em território nacional para a distribuição ao varejo e comercialização direta ao consumidor por meio de lojas próprias e e-commerce até dezembro de 2033. Com a integração, a Vulcabras conclui uma transição estratégica, iniciada em 2018 com a aquisição da Under Armour, e se consolida como a maior gestora de artigos esportivos no Brasil, atuando em todas as etapas da cadeia, desde a criação e desenvolvimento até a produção e distribuição.

As três marcas de seu portfólio, Olympikus, Under Armour e Mizuno, terão à disposição toda a tecnologia e inovação de nível mundial do centro de desenvolvimento de calçados da companhia – o maior da América Latina – localizado na cidade de Parobé, no Rio Grande do Sul, parque industrial modernizado, equipe comercial ampla que atende a mais de 10 mil clientes e marketing dedicado, o que permitirá rápida resposta às demandas dos consumidores.

Com o novo posicionamento, a Vulcabras licenciou a Azaleia para a Grendene, movimento anunciado no último trimestre de 2020. “A partir de agora, retornamos com foco total ao esporte, acreditamos no poder transformador que ele tem e sua potência no Brasil. Vamos investir 100% no desenvolvimento tecnológico de artigos esportivos, com o objetivo de ganhar ainda sinergia entre nossas marcas, mais agilidade e competitividade e de impactar, positivamente, todos os nossos públicos: consumidores, varejistas, fornecedores, acionistas e colaboradores”, afirma Pedro Bartelle, presidente da Vulcabras.

“O esporte sempre esteve no centro de nosso negócio. Já patrocinamos seleções, clubes e atletas. Também analisamos, desenvolvemos e viabilizamos produtos internacionais aqui. Acreditamos que o sucesso é um esporte coletivo. Nosso time entende tudo o que uma pessoa precisa para ir mais longe no esporte, além de termos em toda nossa cadeia produtiva a inovação necessária para produzir as melhores tecnologias para artigos esportivos do mundo”, diz Bartelle.

Resultados

Na contramão de um cenário de retração da economia nas vendas varejistas brasileiras, que recuaram em dezembro 6,1% em relação a novembro de 2020, e -0,1% em novembro comparado a outubro do mesmo ano, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Vulcabras apresentou um quarto trimestre saudável e com crescimento de vendas acima de dois dígitos.

No período, a companhia apresentou receita líquida de R$ 459,1 milhões, EBITDA R$ 73,9 milhões, e lucro líquido no período de R$ 54,6 milhões, um aumento de 22,8% e 21,1% respectivamente em relação ao quarto trimestre de 2019. “Em um trimestre de phase-out da operação do feminino e ainda sem a Mizuno no portfólio, conseguimos um crescimento expressivo dos nossos resultados, mostrando a capacidade da empresa em se adaptar muito rapidamente às novas condições do mercado” diz Pedro Bartelle.

O executivo destaca que as coleções lançadas para o segundo semestre de 2020 tiveram ótima adesão do mercado e absorveram a demanda do varejo no momento de retomada das atividades, aumentando a participação das marcas da companhia no varejo nacional. “Em todos esses anos, o esporte nos ensinou muitas coisas, principalmente, a acreditar que todo o resultado vem de muito suor e trabalho. Somos hoje a maior empresa de artigos esportivos do Brasil e temos o melhor time e a certeza de que podemos e vamos construir um país melhor por meio do esporte, concluiu.

Ainda sem a operação da Mizuno, que passa a integrar os resultados em 2021, a Vulcabras registrou uma receita operacional bruta de R$ 1,4 bilhão no ano passado.