Estado do Rio de Janeiro vive trajetória positiva com a criação de ambiente propício para novos investimentos e negócios

O estado do Rio de Janeiro também bateu mais um recorde de abertura de empresas.

28747670765_1ac285ce5c_5kRio de Janeiro respondeu por 13,8% das exportações nacionais no primeiro semestre do ano. (Foto: Divulgação)

A balança comercial fluminense acumulou um superávit de US$ 9,1 bilhões no primeiro semestre do ano. De janeiro a junho, a soma das importações do estado do Rio atingiu US$ 35,3 bilhões, o maior valor da série histórica, registrando um crescimento de 3,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, sendo US$ 22,2 bilhões em exportações (alta de 5,1%) e US$ 13,1 bilhões em importações (alta de 1,9%). Os dados são do Comex Stat, sistema de consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

No período, o Rio de Janeiro respondeu por 13,8% das exportações nacionais e 10,4% das importações nacionais, mantendo o segundo lugar no ranking das exportações e a terceira posição nas importações do país. O principal parceiro comercial do estado, nesse período, foi a China, com uma corrente comercial de US$ 9 bilhões, seguida dos Estados Unidos, com US$ 7,6 bilhões. Outros parceiros comerciais importantes do Estado do Rio foram Espanha, Chile, Índia e Arábia Saudita.

“O petróleo foi responsável por 80% das exportações do estado, movimentando US$ 17,8 bilhões, registrando uma alta de 11,9% nas vendas em relação ao mesmo período no ano passado. Outro setor importante foi o siderúrgico, que exportou US$ 1 bilhão em produtos”, detalha Fernanda Curdi, secretária interina de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.

Novas empresas

O estado do Rio de Janeiro também bateu mais um recorde de abertura de empresas. No mês de junho, a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) registrou 6.597 novos negócios em território fluminense, o melhor número de todos os meses de junho nos 215 anos da autarquia. Com o resultado, o estado chega à marca de 36.843 novas empresas no primeiro semestre de 2024.

“A Jucerja vem investindo incansavelmente em ações que mantenham o ambiente de negócios mais atrativo para os empreendedores fluminenses, simplificando, agilizando e desburocratizando os processos, por meio da modernização da máquina pública”, afirma Sergio Romay, presidente da Jucerja.

A capital carioca aparece como a cidade que mais abriu empresas até o momento, com 18.901 registros. Na segunda colocação está Niterói, com 2.525, seguido por Duque de Caxias, com 1.373, São Gonçalo, com 1.206, e Nova Iguaçu, com 1.039.

Análise setorial

O Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Rio de Janeiro cresceu 3,8% em 2023 - 0,9 ponto percentual acima da média nacional (2,9%) – na comparação com 2022. O dado é de estudo da Firjan, que mostra a estimativa para a atividade econômica fluminense, com análise por setores.

O setor de Serviços, responsável por aproximadamente 60% do PIB fluminense, registrou alta de 3,3%. A indústria cresceu 5,2%, principalmente por conta dos resultados significativos dos segmentos extrativo (8%) e da construção (4,1%). Já a indústria de transformação teve a menor taxa de crescimento (0,6%), com somente 5 dos seus 14 segmentos com resultado positivo.

“O PIB do estado do Rio surpreendeu positivamente, mas não podemos deixar de ressaltar o resultado da indústria de transformação, impactada principalmente pelo nível elevado da taxa básica de juros. Nossa expectativa é de taxas mais baixas neste ano de 2024 e, assim, de um ambiente de negócios mais favorável para a indústria”, pontua Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.

Energia

Para continuar esse processo de crescimento econômico e fomento de novos negócios, o governador Cláudio Castro recebeu, no final de junho, representantes da Gás Natural Açu (GNA) para falar sobre os investimentos da companhia no estado, que chegam a R$ 12 bilhões. A usina termelétrica GNA I, movida a gás natural, entrou em operação em 2021, no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense. Junto com a GNA II, que está na reta final de construção, formará o maior parque de geração a gás natural da América Latina, reforçando a expansão de fontes renováveis de energia.

“A integração entre gás e energia possibilitará a conexão do Rio com a malha integrada, o que vai atrair indústrias no Porto”, explicou o CEO da GNA, Emmanuel Delfosse.

Maior complexo porto-indústria de águas profundas da América Latina e com localização estratégica, o Açu possibilitará a expansão, nos próximos anos, do hub de gás e energia do Estado do Rio e do Brasil a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre os setores de gás, elétrico e industrial. O Rio de Janeiro é o maior produtor de biometano do país, o segundo maior de biogás e tem a segunda maior rede de gasodutos de distribuição.

Indústria

A produção industrial do Estado do Rio cresceu 5% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Neste ambiente de crescimento, o Grupo automotivo Stellantis acaba de anunciar um investimento de R$ 5,5 bilhões no Rio de Janeiro. Com os incentivos oferecidos pelo Governo do Estado, a empresa ampliará a sua atividade em Porto Real, no Médio Paraíba, e vai produzir seu novo modelo, o Basalt.

A Stellantis opera no Rio de Janeiro desde 2001 e gera cerca de 1,7 mil empregos diretos na planta do Médio Paraíba, onde fabrica veículos das marcas Peugeot e Citroën. O Basalt, SUV cupê (modelo com queda de teto mais suave e mais comum em veículos de luxo) é derivado da família C-Cubed, da qual também fazem parte o C3 e o Aircross.

“O Governo do Estado incentivou nossos planos, com apoio à indústria automotiva e previsibilidade. Isso facilita tudo”, destacou o presidente do grupo para a América do Sul, Emanuele Cappellano.

Destaques

  • No primeiro semestre do ano, a produção de aço bruto no Rio de Janeiro registrou um aumento de 3,9%, na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho, o estado acumula 4,3 milhões de toneladas produzidas
  • O Rio de Janeiro gerou 167.186 empregos com carteira assinada nos últimos 12 meses (junho/2023 a maio/2024), e se mantém entre os estados que mais criam postos formais de trabalho no país
  • A previsão da Firjan é de que o PIB fluminense apresente crescimento de 3,1% em 2024. De acordo com a federação, a indústria de Petróleo e Gás e a Construção continuarão impulsionando o crescimento econômico do estado