'Esperados cortes na Selic lançarão a indústria em direção a um ciclo virtuoso que pode durar anos'

Novo presidente da FIABCI (Federação Internacional Imobiliária), avalia que a reforma tributária, em conjunto com uma possível queda na taxa básica de juros, pode formar um verdadeiro pacote de estímulos para a economia e, consequentemente, para o setor imobiliário.

Foto_FlavioFlavio Amary, novo presidente da FIABCI (Federação Internacional Imobiliária). (Foto: Divulgação)

As novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida, que reduzem juros e aumentam o subsídio para a aquisição de imóveis, vão contribuir para que seja alcançada a meta de contratar 2 milhões de moradias até 2026, de acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho. A avaliação é de que a retomada da construção de imóveis do Minha Casa, Minha Vida terá impacto positivo na economia do país e vai gerar empregos e renda para a população. O ministro explica que as novas regras são resultado de discussões com prefeituras, entidades da sociedade civil e setor privado para aperfeiçoar o programa e adequá-lo à realidade de cada região.

Dentre as mudanças, Jader Filho destaca que os imóveis passarão a ser construídos apenas em terrenos que estejam próximos a equipamentos públicos como escolas, creches, postos de saúde e comércio, a fim de facilitar a vida dos cidadãos. “Nossa exigência é que o Minha Casa, Minha Vida seja dentro dos centros urbanos, ou em áreas contíguas aos centros urbanos para criar essa facilidade”, pontua.

OUTROS INCENTIVOS

Flavio Amary, novo presidente da FIABCI (Federação Internacional Imobiliária), avalia que a reforma tributária, em conjunto com uma possível queda na taxa básica de juros, pode formar um verdadeiro pacote de estímulos para a economia e, consequentemente, para o setor imobiliário.

“No caso da Selic, os esperados cortes lançarão a indústria em direção a um ciclo virtuoso que pode durar anos”, diz. O primeiro efeito desta previsão, de acordo com Amary, será a valorização das cotas no mercado, destravando novas emissões. Neste contexto, ele explica que o dinheiro captado seria conduzido para aquisições de empreendimentos, resultando na valorização do patrimônio.

“A proposta de reforma tributária, por sua vez, torna a cobrança de impostos mais racional e equilibrada, o que impacta significativamente o nosso segmento. Ela contempla, entre outras coisas, a incorporação e construção imobiliária com um tratamento específico de tributação, considerando as especificidades do setor e sua importância na produção habitacional e na geração de empregos para o Brasil”, encerra Amary.

EXPERTISE

Com as mudanças do Minha Casa, Minha Vida, 90% da população brasileira passa a ser elegível ao programa e a MRV, que participa do projeto desde sua criação, passa a ter 92% de seus empreendimentos enquadrado no programa, com mais de 35 mil unidades disponíveis em todo país. Desde o lançamento do programa,em 2009, a MRV já entregou mais de 422 mil unidades.

“Como empresa que mais vendeu imóveis por meio do Minha Casa, Minha Vida, estamos comprometidos em promover o acesso à moradia e acreditamos que informação é fundamental para auxiliar as pessoas a conquistarem o sonho da casa própria. Essas mudanças ampliam as oportunidades e atendem de maneira mais favorável as necessidades das famílias.”, explica

CANTEIRO DE OBRASCLASSE MÉDIA

A Tenda, também vislumbra bons resultados com o Minha Casa, Minha Vida, por ter, como foco, a habitação econômica em dez regiões metropolitanas do Brasil, com empreendimentos voltados para a faixa 2 do programa. “Iniciativas como essas incentivam e fortalecem nosso compromisso e missão de diminuição do déficit habitacional e ampliação da possibilidade de acesso à moradia, além de promover o desenvolvimento econômico e social e ampliar a qualidade de vida da população”, enfatiza o CFO da Tenda, Luiz Mauricio Garcia.

CLASSE MÉDIA

No ano de comemoração dos seus 60 anos, o Grupo Patrimar – construtora e incorporadora mineira que atua em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e no interior de São Paulo – se prepara para expandir as atividades no interior de São Paulo, por meio da marca Novolar, começando por São José dos Campos e região do Vale do Paraíba. A projeção da companhia é lançar mais de R$ 5 bilhões em empreendimentos de média renda e econômico no interior paulista nos próximos sete anos. A iniciativa faz parte do plano de crescimento do Grupo, o PX2. “A ideia é perpetuar a companhia no interior paulista assim como fizemos no Rio de Janeiro – com a diferença de que, em São Paulo, os empreendimentos serão voltados principalmente para o segmento médio, além do econômico”, finaliza Lucas Couto, diretor do Grupo Patrimar.