CEO da italiana Azimut Yachts, Francesco Caputo, e os desafios para atender um público com alto grau de exigência

Francesco Caputo lidera a marca no Brasil e na América Latina. (Foto: Divulgação)

Diante do clima, extensa faixa litorânea e das belezas naturais do Brasil, o privilégio da navegação é cada vez mais cobiçado, condições favoráveis para se ter embarcações cada vez mais imponentes e luxuosas navegado pelo país. A náutica invadiu as vidas de centenas de famílias brasileiras, tanto que, ao longo da pandemia de Covid-19, a busca por lazer, conforto e privacidade, fez com que a venda de embarcações tivesse uma alta expressiva de mais de 30%.

A aquisição de iates ganhou força no cenário brasileiro especialmente a partir de 2010 com a chegada da Azimut Yachts, líder mundial em fabricação de embarcações desse segmento. Naquele ano, a companhia italiana decidiu “atracar” em terras nacionais por meio da instalação de sua estrutura fabril na cidade de Itajaí, Santa Catarina, que atualmente supera os 25 mil metros quadrados, além de manter uma rede própria de comercialização.

Horizonte

Com mais de 15 anos de experiência na náutica de luxo, o italiano Francesco Caputo lidera a marca no país e demais países da América Latina. O profissional de 40 anos carrega uma trajetória repleta de motivação. Junto à forte presença italiana, ele também trouxe ao Brasil a paixão pela náutica e a responsabilidade de representar o padrão de excelência dos produtos do país de origem. Caputo liderou a venda de mais de 350 barcos fabricados por aqui além de embarcações fabricadas na Itália, todos, iates a partir de 40 pés até superiates, com valores que iniciam em R$ 7 milhões e podem ultrapassar R$ 100 milhões.

“Paixão é a base do sucesso para se destacar neste mercado desafiador e em qualquer trabalho. Outros pontos são a experiência, excelência em produtos e organização focada no contentamento do cliente, que acabam por solidificar nossa presença no mercado. Não existe mágica”, analisa.

Com mais de 15 anos de experiência na náutica de luxo, o italiano Francesco Caputo lidera a marca no país. (Foto: Divulgação)

Desafios ao mar

Em 2006, no início da carreira do executivo, a náutica mundial passava por um momento de grande expansão. “Em Barcelona, no evento que participei na época, havia filas para comprar embarcações. Em 2009 veio a grande crise o que, de certa forma, normalizou o mercado mundial que estava em uma fase de euforia. Desde então, como os grandes ciclos da economia, o setor passou a enfrentar ondas de expansão e de recessão. Por isso, neste momento, estamos com um setor mais maduro, mais sólido. E, após todas essas oscilações econômicas, sobreviveram players sérios, que investiram e trabalharam em um planejamento de longo prazo, e se mantiveram em um mercado desafiador”, pondera.

Na questão comportamental, Francesco avalia que o brasileiro é bastante sensível e apreciador dos produtos italianos. “Em termos de náutica, o brasileiro é extrovertido e utiliza o barco aliado a uma experiência social com a família ou com os amigos”, frisa.

Sobre o exigente perfil de cliente Azimut Yachts, o executivo enfatiza que o grupo é seleto e que existe busca por experiências singulares. “Nossos clientes são, geralmente, proprietários de empresas, altos executivos, pessoas públicas e profissionais liberais. É um público que já viajou para vários países do mundo, são sofisticados e tem paladar extremamente refinado. Também são apreciadores arte e design, normalmente já possui uma embarcação e deseja a sofisticação e exclusividade de um barco Azimut”, opina.

Sobre o exigente perfil de cliente Azimut Yachts, o executivo enfatiza que o grupo é seleto. (Foto: Divulgação)

Relevância e fidelização

Apesar de ser um período desafiador para todos, o desenvolvimento do setor despontou pelas embarcações por elas proporcionarem segurança e os privilégios do lazer com tranquilidade.

“A fidelização do cliente “Triple A” é outro desafio. É necessária qualificação altíssima. Além da excelência em termos de produto para atender tal nicho, a assistência e pós-vendas precisam estar sempre presentes, apresentando soluções rápidas e eficazes. Ações distintas envolvendo os consumidores também são fatores que agregam”, finaliza Francesco Caputo.

Grande encontro

O maior evento náutico do Sul do país recebeu, de 7 a 10 de julho, mais de 25 mil pessoas de todos os estados brasileiros. Os negócios superaram a casa dos R$ 80 milhões, cerca de R$ 20 milhões acima do que era esperado. Com a confirmação de que a partir de 2023 se chamará Marina Itajaí Boat Show, o encontro deve se tornar um dos maiores da América Latina. “É visível o crescimento e o desenvolvimento do Salão Náutico ano a ano. Temos o orgulho de fazer parte desta história sucesso, deste a sua primeira edição, e contribuir com o desenvolvimento da cultura náutica em Santa Catarina e no Brasil”, destacou o CEO da Azimut Yachts Francesco Caputo.

Em junho, chegou ao Brasil mais uma novidade da Azimut Yachts. (Foto: Divulgação)

Imponência “al mare”

Em junho, chegou ao Brasil mais uma novidade da Azimut Yachts. A nova versão da embarcação Azimut 56, possui 17 metros de comprimento, sendo considerado um dos modelos de grande sucesso da marca. E, no quesito sofisticação, a versão traz o design interior desenhado por arquitetos globalmente reconhecidos do "Azimut Yachts Style Department" na Itália.

No interior, a nobreza dos móveis e estofados é percebida pelo público, pois foi desenhada exclusivamente para a nova versão do iate de 56 pés, com predomínio das luzes naturais pelas grandes janelas laterais recortadas e que contornam a embarcação. Além disso, é outro destaque é o “flybridge”, com características inéditas para um barco dessa categoria. A embarcação foi projetada para compor 3 zonas distintas: o segundo posto de comando, a área de refeições e um espaço para convivência e banhos de sol, os quais podem ser mobiliados conforme as necessidades e preferências do cliente.

A Azimut 56, fabricada na unidade brasileira da marca, é equipada com 2 motores Volvo 725HP que atingem 32 nós de velocidade máxima e 26 nós em velocidade de cruzeiro.