Votorantim Cimentos vai investir R$ 5 bilhões em ampliações, modernizações, logística e novos negócios no Brasil
Programa de competitividade inclui investimento de R$ 300 milhões para construção de nova moagem na fábrica de Salto de Pirapora (SP).
Osvaldo Ayres Filho, CEO global da Votorantim Cimentos. (Foto: Divulgação)
A Votorantim Cimentos, empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis, vai investir R$ 5 bilhões em um programa abrangente de crescimento e competitividade estrutural das operações da empresa no Brasil. Esse programa, dos quais R$ 1,5 bilhão já está em execução, abrange as operações da companhia em todas as regiões do país, com investimentos estruturantes para elevar a competitividade, a capacidade de coprocessamento e reduzir de forma significativa as emissões de CO2. Com esses investimentos, a Votorantim Cimentos irá adicionar mais 3 milhões de toneladas/ano de cimento à capacidade de produção da empresa no Brasil.
O programa inclui o investimento de R$ 300 milhões na ampliação da capacidade de produção de sua fábrica no município de Salto de Pirapora, no interior do estado de São Paulo. A construção de uma nova moagem de cimento irá adicionar 1 milhão de toneladas/ano à capacidade de produção da unidade. Em conjunto com outra operação da empresa localizada no bairro de Santa Helena, na cidade vizinha de Votorantim, a fábrica de Salto de Pirapora forma o complexo Salto-Santa Helena, que terá sua capacidade de produção expandida em cerca de 20%. O início das obras está previsto para o primeiro semestre deste ano, com expectativa de conclusão para o segundo semestre de 2025.
“A ampliação da fábrica de Salto de Pirapora segue a estratégia da companhia e faz parte de um amplo plano de investimentos em andamento, com objetivo de reforçar nosso posicionamento de mercado, elevar nossa competitividade e avançar na modernização de nossas unidades, fortalecendo, inclusive, nossa agenda de descarbonização. Seguimos comprometidos e preparados para atender a demanda do mercado do estado de São Paulo e da região Sudeste, gerando emprego, renda e contribuindo para o desenvolvimento da região e do país”, afirma o CEO global da Votorantim Cimentos, Osvaldo Ayres Filho.
Programa abrangente de competitividade estrutural
O projeto de expansão e modernização da unidade da Votorantim Cimentos em Salto de Pirapora contempla os mais modernos conceitos de eficiência minerária, energética e automação industrial, com a aquisição de equipamentos de última geração.
“Somente no complexo Salto-Santa Helena teremos investido mais de R$ 800 milhões quando finalizarmos a expansão de nossa capacidade de moagem, que trará um ganho significativo em nossa competitividade, reforçando o nosso posicionamento como uma das operações mais eficientes no Brasil”, diz Ayres.
O plano de investimentos inclui também a área de logística, com automação, novos pontos de distribuição e intensa aplicação de inteligência artificial, bem como a aceleração de novos negócios como Motz (logtech e transportadora digital), Verdera (gestão de resíduos e coprocessamento) e Viter (soluções agrícolas).
O CEO global da Votorantim Cimentos destaca que a posição financeira sólida da companhia, com baixo endividamento e perfil de dívida alongado, dá flexibilidade para cadenciar esses investimentos à medida que os projetos vão amadurecendo, sem abrir mão da disciplina de alocação de capital e saúde financeira.
“Sob a ótica financeira, o investimento de expansão em operações já existentes (conhecidos como brownfield, em inglês) maximiza nossa alavancagem operacional e nos permite obter retornos mais atrativos com um perfil de risco mais controlado”, completa Ayres.
Recentemente, e também como parte desse plano, a Votorantim Cimentos anunciou a elaboração de um PPA (Contrato de Aquisição de Energia Elétrica, na sigla em inglês) pelo prazo de 15 anos que irá fornecer 100 MW médios de energia solar a partir de 2026. Esse contrato permitirá suportar o crescimento de competitividade estrutural da empresa − incluindo essa expansão da fábrica de Salto de Pirapora −, além de elevar para 75% da energia consumida pela companhia no Brasil fornecida a partir de fontes renováveis (hidrelétrica, eólica e solar), contribuindo para a agenda de descarbonização e pilar ESG (ambiental, social e de governança).