Vale-Alimentação é responsável por 52,7% na compra de cesta básica no Brasil, segundo pesquisa
Percentuais reforçam a importância dos benefícios como complemento à renda mensal dos trabalhadores.
Pesquisa mostra benefício como incremento no poder de compra dos trabalhadores. (Foto: Unsplash)
Segundo os dados divulgados pelo IBGE, no mês de dezembro, o grupo alimentação e bebidas registrou uma inflação mensal mais alta nos dois índices (+1,11% no IPCA; e +1,20% no INPC), impulsionada pelos preços do subgrupo alimentação em domicílio (+1,34%, no IPCA; +1,39, no INPC).
Diante o cenário, o uso do vale-alimentação contribuiu em 52,7% na compra de cestas básicas pelos brasileiros, segundo pesquisa Alelo, especialista em benefícios, gestão de despesas corporativas e incentivos, e Fipe, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
Comparando com o desempenho com o ano de 2022, esse crescimento corresponde a 4,3 pontos percentuais - mostrando o benefício como incremento no poder de compra dos trabalhadores. Aliás, o uso do produto impacta 13,6% na renda de trabalhadores do setor privado, com carteira assinada no período (R$ 2.841), geralmente vinculados aos setores de construção (R$ 456,1) e serviços (R$ 410,2).
Já os trabalhadores que utilizam o Vale-Refeição (VR), conseguiram fazer 10 refeições no mês de dezembro, sendo refeição por dia útil, durante duas semanas. O benefício teve durabilidade de 22 dias corridos, conforme o valor debitado.
Quanto ao benefício de refeição, o valor mensal recebido (R$ 474,9) equivale a 16,7% do rendimento médio mensal desses trabalhadores, o que corresponde a um recuo de 1,0 ponto percentual em relação a dezembro de 2022. Os profissionais que mais aderem ao VR, estão ligados aos setores de agropecuária (R$ 544,1) e indústria (R$ 512,6).
Os brasileiros que receberam ambos benefícios (VA e VR), a soma dos valores médios em dezembro (R$ 861,6) equivale a um acréscimo de 30,3% à renda média recebida no período (R$ 2.841).
Os percentuais reforçam a importância dos benefícios como complemento à renda mensal dos trabalhadores. A queda registrada, principalmente em refeição, se deve mais ao aumento da renda no período, que cresceu acima dos benefícios médios concedidos.
Gasto médio por transação
Em dezembro, os beneficiários do vale-alimentação tiveram média de gasto de R$ 92,6, o que corresponde a uma queda de 4,5% em relação ao mesmo mês de 2022, uma vez descontada a inflação.
Observando regionalmente, os maiores valores médios foram identificados em transações efetivadas: na Paraíba (R$ 120,1), Alagoas (R$ 116,5), Sergipe (R$ 114,3); e os menores, em Minas Gerais (R$ 75,7), Roraima (R$ 84,4) e Bahia (R$ 85).
Já as refeições fora de casa com o VR, o valor médio por transação foi de R$ 40,4, tendo o impacto de -4,5% nos últimos 12 meses. Em termos regionais, os maiores valores médios por transação ocorreram no Piauí (R$ 60), em Sergipe (R$ 52,3) e Roraima (R$ 50); e os menores: em Minas Gerais (R$ 31,3), no Amazonas (R$ 34,4) e Paraná (R$ 33,6).
Em termos nominais, vale notar, os resultados revelam que o gasto médio por transação permaneceu praticamente inalterado, ou seja, não acompanhou a inflação média ao consumidor nos últimos 12 meses (+4,62%).
Segundo os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a economia brasileira encerrou o ano de 2023 com um saldo de 1.483.598 empregos com carteira assinada, resultado líquido de 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos no período.
Comparando com o resultado de 2022, ano em que 2.013.261 vagas formais foram geradas, o saldo registrado em 2023 foi cerca de 26,3% menor. Durante os 12 meses de 2023, os setores que mais tiveram vagas em aberto foram: setores construção (+6,6%), serviços (+4,4%), comércio (+2,9%), agropecuária (+2,1%) e indústria (+1,5%).
Os profissionais admitidos tiveram remuneração de R$ 2.026 em dezembro de 2023 e de R$ 2.048 em 2023*.