78% dos CMOs estão otimistas em relação à GenAI, aponta BCG

Estudo em parceria com Association of National Advertisers indica que 80% dos diretores de marketing já observam melhorias em automação, velocidade e produtividade com GenAI. (Foto: Freepik)

O Boston Consulting Group (BCG) publicou um novo estudo em parceria com a Association of National Advertisers (ANA), intitulado “How CMOs Are Shaping Their GenAI Future”. A pesquisa destaca o impacto da inteligência artificial generativa (GenAI) nas operações de marketing, revelando que 80% dos 200 diretores de marketing (CMOs) entrevistados, de diferentes regiões, já experimentam melhorias significativas em automação, velocidade e produtividade com a adoção da tecnologia.

Mesmo com 18% dos CMOs resistentes à solução — um aumento de seis pontos percentuais em relação à pesquisa de 2023 do BCG — o levantamento mostra que a maioria destes profissionais possui sentimentos positivos em relação à GenAI, como otimismo (78%), confiança (75%) e curiosidade (65%).

Enfrentando pressões para equilibrar a eficiência de curto prazo e os investimentos de longo prazo em transformações digitais, metade dos CMOs tem a adoção de inteligência artificial (IA) e GenAI como uma de suas cinco principais prioridades para o próximo ano e três em cada cinco planejam investir pelo menos US$ 10 milhões anualmente nessas soluções. Além disso, cerca de 60% dos respondentes esperam um crescimento de, pelo menos, 5% na receita atribuível à GenAI nos próximos três anos.

“Atualmente, metade dos CMOs está utilizando ferramentas de GenAI para criação de conteúdo, especialmente copy de textos e imagens para anúncios em mídias sociais. Assim, o lançamento de campanhas, que antes levava semanas, agora é realizado em horas, com melhorias no engajamento nas principais plataformas e gerando ganhos de eficiência de até 60% em algumas empresas”, afirma Eduardo Leone, diretor executivo e sócio do BCG.

Desafios de implementação da GenAI

Em termos de qualidade de conteúdo, no entanto, a GenAI ainda tem um longo caminho a percorrer. Mais de 70% dos entrevistados estão preocupados com o impacto na criatividade e na caracterização da marca. Por esse motivo, cerca de metade dos CMOs disseram que estão contratando talentos com habilidades específicas de GenAI, com a esperança de manter a essência da empresa.
De acordo com o BCG, a personalização em escala é outro desafio, visto que para isso é necessário um fluxo contínuo de dados capaz de alimentar os modelos de machine learning, proporcionando uma compreensão mais detalhada do comportamento do consumidor.

“Apesar da utilização de GenAI para criar variações de conteúdo ser eficaz, a IA preditiva é primordial para determinar as próximas ações com cada cliente. Por isso, há uma crescente necessidade de focar em áreas estratégicas, como geração de insights de clientes, personalização, segmentação e análises preditivas para maximizar os benefícios da GenAI”, finaliza Leone.