Faturamento do e-commerce deve superar os R$ 200 bilhões em 2024: conheça algumas tendências para o setor
O ano de 2023 fecha com um impacto de R$ 187 bilhões no varejo online e a previsão de crescimento é de 10,4% para 2024.
O ano de 2023 fecha com um impacto de R$ 187 bilhões no varejo online e a previsão de crescimento é de 10,4% para 2024. (Foto: Unsplash)
As vendas online podem crescer ainda mais em 2024. Dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) apontam que o faturamento esperado para o próximo ano é de R$ 205,11 bilhões, o que representa um crescimento de 10,4% em relação a 2023 (R$ 185,7 bilhões). Com esta perspectiva positiva para os negócios online, os varejistas devem estar atentos às mudanças tecnológicas e às demandas dos consumidores para se manterem competitivos e bem-sucedidos no cenário digital.
Entre os principais temas de impacto para 2024 estão as estratégias de propaganda online e o uso da inteligência artificial. Não basta apenas abrir a loja ou marketplace, é preciso investir em abordagens para atrair o consumidor com o melhor perfil para cada tipo de produto. Isso é o que afirma Eduardo Esparza, VP General Manager da Tenerity na Iberia e no Brasil, empresa especialista em engajamento que aumenta o valor do relacionamento entre os varejistas e seus consumidores, que comenta as tendências de maior destaque para os empresários brasileiros.
“A propaganda digital, por meio de métodos como o Retail Media, cria possibilidades para alcançar os clientes e conseguir renda extra para as lojas. Esta abordagem está entre os temas de maior relevância para o varejo online em 2024. Com um cenário tão favorável no e-commerce brasileiro, é essencial que a publicidade faça parte dos planos dos empresários no próximo ano”, comenta Eduardo.
Com o Retail Media, por exemplo, é possível monetizar espaços publicitários dentro das próprias plataformas de e-commerce. Ainda segundo o executivo, atualmente, esta é uma das melhores abordagens na captação e fidelização de consumidores.
Personalizar a experiência do consumidor
O Retail Media é um dos primeiros passos para personalizar a experiência dos clientes com as empresas e seus marketplaces. Neste contexto, Eduardo destaca que compreender o perfil do consumidor é essencial para a construção de um processo de fidelização.
“A personalização continua sendo crucial e está cada vez mais aprimorada com o uso da Inteligência Artificial (IA), ferramenta responsável pelas recomendações e ofertas específicas, por isso, os empresários precisam se aprofundar sobre o tema. Em uma nova compra, o cliente tem a possibilidade de encontrar outros produtos que vão se encaixando no seu perfil de necessidades e desejos”, detalha Eduardo.
O poder do omnichannel
O comércio omnichannel representa a integração entre canais físicos e digitais. Nele, os clientes podem ser atendidos via redes sociais, e-mails, SMS ou mesmo loja física, com cupons, ofertas e outras ações que se relacionam e fortalecem a presença do varejo online no cotidiano daquele consumidor.
“As ações dos meios digitais e físicos não precisam de movimentos separados, na verdade, elas necessitam da maior integração possível. O consumidor precisa ser atendido e perceber vantagens em qualquer canal que queira contato com a loja. Essa conexão potencializa o poder de comunicação nas mais diversas plataformas”, explica o VP.
Mais compras pelo celular e maior ticket médio
Nota-se uma forte tendência de compras feitas pelo celular. Dados divulgados pela ABcomm, em 2022, registraram que 55% das transações foram feitas exclusivamente em dispositivos móveis.
Já o ticket médio, que representa a média dos valores gastos pelos brasileiros em compras online, deve crescer de R$ 470 para R$ 490 em 2024. “O poder de compra e como os consumidores estão realizando estas transações podem ser informações valiosas para o planejamento dos varejistas. É uma demanda crescente, que está aprendendo a buscar e selecionar melhor os seus produtos. O nosso desafio, como especialistas do comércio eletrônico, é compreender este movimento e criar um ambiente favorável tanto para empresários quanto para os clientes”, finaliza Eduardo.