Estudo inédito aponta adoecimento mental da população brasileira
Material foi produzido pela Conexa em parceria com a Eurofarma.
Estudo mostra aceleração do adoecimento da população do País. (Foto: Unsplash)
A procura por tratamentos psicológicos aumentou consideravelmente após a pandemia da Covid-19. O Relatório de Dados de Saúde Mental de 2022 feita pela Conexa, o maior ecossistema digital de saúde integral da América Latina, em parceria com a Eurofarma, primeira multinacional farmacêutica de capital 100% brasileiro, aponta aceleração do adoecimento da população do País.
Os dados da plataforma Psicologia Viva, uma das principais marcas da Conexa, serviram de base para a pesquisa divulgada pelas duas empresas. A análise foi realizada de julho de 2021 a junho de 2022. No início, em julho de 2021, havia 140.510 novos registros de usuários. Em junho de 2022 já eram 184.450. Houve uma alta de 24% no período. A média em agendamentos de consultas por paciente registrada no ano foi de 13,1, ou seja, 1,1 por mês.
As buscas dentro da plataforma também ligam sinal de alerta. Ansiedade é a palavra campeã das pesquisadas entre quase todas as faixas etárias e gêneros. Somente entre meninos e meninas até 15 anos, adolescência tornou-se o tema mais buscado (22,4% para garotos e 17% garotas), mas ansiedade já aparece em segundo lugar (9,7% e 11%, respectivamente).
Em jovens entre 16 e 30 anos, a palavra ansiedade já aparece em primeiro lugar em homens (15,24%) e mulheres (14%). O tema segue no topo do pódio também para todas as outras faixas etárias, mas com percentuais diferentes.
De 31 a 45 anos, esse transtorno foi buscado por 13,27% das pessoas do gênero masculino e 13% do feminino. Para quem tem entre 45 e 60 anos, a ansiedade domina com 9,82% entre homens e 11%, mulheres. Quem tem mais de 60, 14% dos homens foram atrás de informações de ansiedade enquanto 10% das mulheres se mobilizaram por informações sobre o tema.
“A pandemia foi um gatilho para o aumento de doenças mentais como o transtorno de ansiedade”, disse Erica Maia, médica psiquiatra e gerente de saúde mental da Conexa. “O medo da perda de familiares e amigos, a instabilidade financeira e o distanciamento social, certamente, foram catalizadores da preocupação e do medo, bases da ansiedade”, emendou.
Os resultados da pesquisa servem também como base de estudos científicos para profissionais do setor. O relatório aponta ainda a movimentação das empresas para investir em cuidados de saúde mental para colaboradores.