Ricardo Assumpção: 'LIDE está proporcionando um legado muito importante ao empresariado'

Assumpção, CEO da Grape ESG, é também curador da Plataforma LIDE ESG, cujos integrantes se reuniram para debater perspectivas e ações. Evento ocorreu no GExperience, o novo espaço temático e interativo da Globo, em São Paulo.

32016add-c944-408a-9b97-875d819bff54Integrantes da Plataforma LIDE ESG debatem sobre mensuração de resultados. (Foto: João Amaro/LIDE)

A Plataforma LIDE ESG prepara um índice de mercado para mensurar resultados dos pilares do desenvolvimento, da sustentabilidade e da governança do empresariado brasileiro. O anúncio foi feito durante encontro dos participantes do grupo, realizado no bistrô da Sapore, no GExperience, o novo espaço temático e interativo da Globo, em São Paulo, nesta terça-feira (12).

"O mercado nacional não está tendo boas experiências de índice ESG. Os índices e as formas de reportar foram desenhados originalmente para atender o mercado europeu e americano, deixando de fora perspectivas que são importantes no Brasil. Estamos desenhando este modelo de score para atender todas as cadeias de valor do Brasil, atribuindo uma nota à empresa", afirmou Ricardo Assumpção.

O curador da plataforma afirmou que o "LIDE [Grupo de Líderes Empresariais] está proporcionando um legado muito importante ao empresariado".   

"Esse índice dá também, além da nota, uma meta que a empresa deve perseguir, mostrando a média do mercado e a média nacional. Fizemos um piloto com 500 empresas e tivemos insights super importantes. Estamos, hoje, aqui, com o LIDE abrindo esse importante espaço, para elevarmos a régua e melhorarmos o cenário. Neste ano, teremos a COP27 tendo como foco total os países em desenvolvimento e precisamos participar".

Na avaliação do diretor de Sustentabilidade da Accenture, Matthew Govier, o mercado brasileiro está desfavorecendo alguns ratings."Nossa matriz é super energética, super verde, mas isso não resulta em vantagem nos rates. Temos muito peso no G (governança), que talvez deveria estar mais no E (environment), e temos pouco rate absoluto - ou seja, uma taxa de resultado sem levar em conta a comparação com outras empresas. É preciso mudar isso".

A presidente da Fundação Toyota, Viviane Mansi, defendeu que esse índice, a ser desenvolvido pelo grupo, seja distribuído à cadeia produtiva de todos os setores da indústria. "Com o sucesso do índice, teremos o compromisso de levá-lo para a cadeia de fornecedores e concessionárias". Mais de 200 mil fornecedores prestam serviços às empresas envolvidas na plataforma. 

651ad7c2-0ea9-45fb-afed-7e74229cbb94Matthew Govier disse que o mercado brasileiro está desfavorecido em alguns ratings. (Foto: João Amaro/LIDE)

O chairman do LIDE, Luiz Fernando Furlan, defende as novas iniciativas da Plataforma para poder transformar as boas práticas em resultados concretos. "Se por um lado dizem que o Brasil não está sendo atraente para investimentos, esse café da manhã propaga as boas experiências e conceitos, trazendo ânimo. Eu venho aqui para ouvir as boas experiências de cada empresário, para que possamos multiplicar as ações".

A vice-presidente executiva do Grupo Doria, Celia Pompeia, afirmou que a Plataforma LIDE ESG pode oferecer ao mercado brasileiro um novo patamar de credibilidade nos pilares ESG. "Falamos muito das ferramentas de mensuração, para avaliação do ESG nas empresas. Precisamos ter alguns índices no Brasil que sejam mais usados, divulgados também para as empresas que estão começando agora", afirmou.

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Evento da plataforma ESG ocorreu no GExperience, em São Paulo. (Foto: João Amaro/LIDE)