Por um futuro sustentável, sem deixar ninguém para trás

No cenário atual, a transição para um futuro neutro em carbono é uma necessidade urgente para combater as mudanças climáticas.

Roberto-Braun_001-8 (1)Roberto Braun, diretor de comunicação da Toyota do Brasil, presidente da Fundação Toyota do Brasil e porta-voz da área de ESG da companhia. (Foto: Divulgação)

Noutro dia, durante uma entrevista, fui questionado sobre como me sinto diante dos desafios climáticos que enfrentamos no planeta. Fui categórico: incomodado. Esse é um sentimento permanente quando observamos as previsões para um futuro breve. Temperaturas cada vez mais altas, países em risco de inundações, ambientes hostis para nós, fauna e flora. Precisamos reduzir as emissões de carbono. Não há alternativa.

No cenário atual, a transição para um futuro neutro em carbono é uma necessidade urgente para combater as mudanças climáticas. No entanto, é igualmente importante garantir que ninguém seja deixado para trás nesse processo. E, uma das chaves para alcançar esse equilíbrio é olhar a realidade de cada região.

Para se ter uma ideia, o setor de transportes é responsável por 16% das emissões de CO2 no mundo. Por isso, entender a eletrificação veicular como fundamental para um futuro mais sustentável é mandatório.

Neste quesito, o Brasil tem se tornado um exemplo para o mundo. Por aqui, os veículos flex, abastecidos com etanol – uma alternativa local mais limpa aos combustíveis fósseis –, já rodam nas ruas brasileiras há 20 anos e movimentam uma cadeia que gera emprego e renda para a população, contribuindo para o desenvolvimento de novas tecnologias.

Exemplo disso é a tecnologia híbrido-flex, que utiliza motores elétricos e à combustão, e autogera sua energia, sem a necessidade de abastecimento na tomada. Quando abastecidos com etanol, os veículos híbridos-flex emitem 70% menos CO2, se olharmos em todo o seu ciclo de vida, ou seja, “do poço à roda”, e oferecem uma opção acessível para consumidores em um país com uma realidade econômica diversificada. Além disso, essa tecnologia gera emprego e renda no país.

Diante de desafios como acessibilidade, tecnologia e impacto social, o Brasil segue a passos largos para uma transição mais sustentável, proporcionando benefícios econômicos e ambientais. Isso não quer dizer que sejamos contra outras rotas tecnológicas, como a do carro elétrico ou uso de hidrogênio, mas reconhecemos que temos soluções de presente, não apenas de futuro. Essa é nossa contribuição para avançar em direção a um futuro neutro em carbono que não deixa ninguém para trás. E é só o começo.