Mais de 60% das empresas estão diretamente expostas aos riscos e às oportunidades das mudanças climáticas, aponta pesquisa LIDE

Filiados do LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, considerado o principal e mais abrangente do país, participaram de novo levantamento da plataforma LIDE ESG. Os respondentes indicaram o impacto das mudanças climáticas na atuação das próprias companhias.

climate-change-5224748_1920Mais de 60% das empresas estão diretamente expostas às mudanças climáticas, aponta pesquisa LIDE. (Foto: Pixabay)

Ao menos 63% das empresas - aproximadamente dois terços - do país estão diretamente expostas aos riscos e às oportunidades ocasionadas pelas mudanças climáticas. É o que aponta a nova pesquisa LIDE ESG, realizada pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, em parceria com Grape ESG e WHF, e com o oferecimento de Ambipar Group, JBS e Santander.

O levantamento ocorreu em paralelo à realização da Conferência Mundial do Clima - COP 26 com o objetivo de mensurar a interpretação de grandes líderes do país sobre os temas relacionados ao ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), e de como as mudanças climáticas podem impactar as rotinas organizacionais das empresas brasileiras.

A pesquisa mostra que a mudança para ações concretas passa pelo planejamento orçamentário: a organização de um aporte formal destinado ao combate às mudanças climáticas é o fator que permite uma cadeia de ações contínuas e um plano de médio e longo prazo dentro da pauta. O problema ocasionado pela crise do clima é uma invariável de longa data.

Para mais de 70% dos respondentes, a conquista de metas de sustentabilidade é influenciada pela participação de outros agentes dentro da cadeia produtiva. Isso sinaliza a importância de práticas de colaboração entre as organizações em programas transversais de sustentabilidade. A prática, no entanto, ainda tem muito espaço para crescimento no Brasil.

Ponto de atenção

Apenas um terço das empresas que participaram da pesquisa adota a análise climática como critério para tomada de decisão no planejamento estratégico, e mais da metade não possui comitê de mudanças climáticas. De maneira análoga, a maioria (45%) diz que é baixo o impacto das políticas públicas em relação à taxação das emissões de CO2.

Este fator, combinado ao alto índice de ausência orçamentária específica ou diretoria específica sobre o tema, configuram um cenário onde as ações acabam sendo aplicadas em âmbitos pontuais. No entanto, a complexidade do tema demanda ações de médio e longo prazo no que se faz-se necessário o estabelecimento de uma estratégia formal de colaboração com a pauta.

Confira a pesquisa completa