Ouro fecha ema alta, com maior chance de corte de juros pelo Fed e tensões geopolíticas

O ouro futuro fechou em alta nesta quarta-feira, 4, após os últimos dados de emprego dos EUA mostrarem que o crescimento da folha de pagamento privada foi menor do que o esperado em novembro, refletindo mais chances de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O ouro para fevereiro avançou 0,31%, a US$ 2.676,20 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os dados desta quarta da economia norte-americana fortalecem a possibilidade um corte na taxa de juros em dezembro pelo Fed, o BC norte-americano - o que tente a alimentar o entusiasmo dos investidores pelo metal precioso, que não rende juros. Investidores também aguardam para esta tarde comentários do presidente do Fed, Jerome Powell e o payroll dos EUA na sexta-feira.

O ouro também se valorizou com nos novos desdobramentos das tensões geopolíticas globais. Após ter decretado lei marcial no país na terça-feira, o Partido Democrático da Coreia do Sul planeja submeter a moção de impeachment do presidente, Yoon Seok Yeol, à plenária da Assembleia Nacional na quinta-feira e votá-la na sexta-feira ou no sábado. No Oriente Médio, o Hamas ameaçou "neutralizar" reféns se Israel lançar uma operação de resgate.

A previsão de curto prazo do ouro permanece modestamente em baixa em meio à alta do dólar e ao enfraquecimento do yuan, enquanto as tendências de longo prazo permanecem em alta, de acordo com Fawad Razaqzada, da StoneX. "Os investidores estão aguardando um novo sinal de compra, mas provavelmente acham que é necessária uma correção mais significativa antes que o metal se torne atraente novamente", diz o analista.

A resistência mais próxima para o ouro está fixada em US$ 2.800 a onça-troy, segundo a RHB Retail Research. Para 2025, o Bank of America (BofA) prevê o metal precioso atingindo US$ 3.000 a onça-troy.

*Com informações da Dow Jones Newswires