Ouro fecha em alta, com tensões geopolíticas no radar e dólar mais fraco
O ativo porto seguro se valorizou a medida que o dólar perdia força ante rivais e as incertezas na geopolítica global aumentavam. Na Coreia do Sul, o presidente Yoon Suk Yeol declarou lei marcial de emergência, acusando oposição de atividades antiestatais. Todavia, o Parlamento votou para revogar a declaração. No Oriente Médio, Israel ameaça intensificar seus ataques contra o Líbano, se o cessar-fogo, já instável, com o Hezbollah cair.
Os contratos futuros do ouro também foram impulsionados à medida que o mercado digere os últimos dados sobre vagas de emprego e rotatividade de mão de obra, ou Jolts, e suas consequências para os cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). Investidores estão em alerta para os dados do payroll de sexta-feira, que devem lançar mais luz sobre a possibilidade de um corte de juros em dezembro. As taxas de juros mais baixas normalmente alimentam o entusiasmo dos investidores pelo metal precioso, que não rende juros.
Segundo o Julius Baer, a visão positiva sobre a prata deve continuar a se mover na correnteza do ouro, já que, para alguns investidores, a prata combina o melhor de dois mundos: por um lado, ela é vista como um metal monetário, comparável ao ouro, beneficiando-se de um dólar americano mais fraco e de rendimentos mais baixos dos títulos dos EUA, mas sem as mesmas características de porto seguro. Por outro lado, ele tem propriedades exclusivas como metal industrial, principalmente sua condutividade elétrica, proporcionando demanda relacionada à energia solar.